A política ambiental está sendo reconstruída no Brasil, mas precisamos de apoio internacional, principalmente de recursos financeiros. Este foi o apelo da ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, feito em um painel do Fórum Econômico Mundial nesta 3ª feira (17/1).
Um dos pontos assinalados por Marina foi o do financiamento climático internacional. Os países desenvolvidos ainda não conseguiram cumprir a promessa feita em 2010 – e vencida uma década depois – de destinar pelo menos US$ 100 bilhões anuais para ação climática nos países em desenvolvimento.
“Nós temos uma boa regulação global, mas faltam os investimentos. Os 100 bilhões [de dólares] que eram o compromisso dos países desenvolvidos ainda não foram aportados”, ressaltou a ministra. “Nós temos que ter aporte de recursos para ações de mitigação, como também de adaptação”.
Em paralelo, Marina destacou a articulação do governo brasileiro para aumentar o pool de financiadores do Fundo Amazônia, inclusive junto a entidades filantrópicas internacionais. Ela citou a Leonardo DiCaprio Foundation, que pretende captar U$ 100 milhões para o Fundo. CNN Brasil, g1, Metrópoles, Reuters e Valor deram mais informações.
A ministra também comentou sobre as perspectivas para o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia, travado desde 2019 por conta de desconfianças dos europeus com a política ambiental do antigo governo brasileiro.
“O Parlamento Europeu está considerando que agora temos um governo comprometido com a proteção da Amazônia e demais biomas, com a defesa dos Direitos Humanos, fortalecimento da democracia e estabilidade política o suficiente para que se possa finalizar o acordo”, afirmou Marina. CNN Brasil e Estadão destacaram esse ponto.
Em tempo: O MapBiomas foi premiado em evento do Fórum Econômico Mundial como uma das Inovações Sociais Coletivas de destaque do ano. Organizado pela Fundação Schwab, que também é responsável pela realização do Fórum de Davos. A premiação reconhece iniciativas de inovação e cooperação para superação de desafios comuns, como a proteção do meio ambiente e o combate à pobreza. “O acesso livre a informações e dados atualizados, históricos e de qualidade sobre o uso e cobertura da terra é premissa para a realização de políticas públicas, combate ao desmatamento e atuação responsável de empresas”, destacou Tasso Azevedo, coordenador do MapBiomas, durante a premiação. Correio Braziliense e Metrópoles deram a notícia.