Camile Duque Estrada (Agência Fiocruz de Notícias)
A Fiocruz decretou pelos próximos três dias, de 28 a 30 de novembro, o campus Manguinhos da Fundação, no Rio de Janeiro, como território indígena, onde todos são livres para debater e avançar na causa indígena, tão necessária para reconstrução do país. A declaração foi feita durante o seminário Avanços e Desafios da Saúde Indígena no Brasil: Contribuições dos projetos da parceria Fiocruz/Sesai, sediado na Fundação e organizado pela Vice-Presidência de Ambiente, Atenção e Promoção da Saúde (VPAAPS/Fiocruz) e pela Secretaria de Saúde Indígena do Ministério da Saúde (Sesai/MS). O objetivo do evento é promover o debate sobre a saúde indígena no Brasil, a partir da apresentação dos resultados dos 20 projetos da parceria Fiocruz/Sesai.
“Estamos recebendo com muita alegria o evento onde discutiremos junto com a comunidade indígena e com o Ministério da Saúde o papel da Fiocruz nos avanços e desafios da saúde indígena no Brasil. A Fiocruz hoje, aqui no campus de Manguinhos, foi declarada território indígena, o que muito nos honra e nos envolve nessa luta. Um dos desafios da Fiocruz, talvez o mais importante e mais complexo é contribuir a partir dos conhecimentos e cultura desses povos originários, que muito nos ensina. Estamos juntos nesses três dias de trabalho, e espero sair com grandes formulações para o aperfeiçoamento dessa política pública”, diz Mario Moreira, presidente da Fiocruz.
Os projetos foram apoiados por meio do Programa Inova e abordam diferentes temas da saúde indígena junto a diversas comunidades indígenas em âmbito nacional. Além desses, outros 17 projetos estão em andamento. Este trabalho tem sido desenvolvido desde 2019 e todos os projetos têm participação de lideranças indígenas. O seminário, que terá a duração de três dias, visa proporcionar a troca de experiências e saberes; as discussões de temas estratégicos para a saúde indígena; e o debate sobre as contribuições dos projetos para o fortalecimento do Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS).
A programação que também dispõe de espaço aberto ao público onde os participantes poderão vivenciar e refletir sobre os conhecimentos ancestrais em saúde, através de estandes com produtos, exposição e comercialização de produtos indígenas, além do Cine Saúde Indígena, que exibirá quatro documentários e 16 curtas, na Tenda Cultural Diálogos e Saberes, ao lado do Museu da Vida.
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Banner disponível nos estantes do seminário