Setembro Antinuclear

Diversas atividades alusivas ao polêmico Programa Nuclear Brasileiro serão realizadas neste Setembro Antinuclear, com o intuito de reforçar a posição das brasileiras e brasileiros contrários à energia nuclear, já expressa em cartas e na Petição Pública dirigidas ao Presidente Lula para barrar a conclusão da usina de Angra 3 e a temerária extensão da vida útil de Angra 1.

O governo está dividido sobre a conveniência e necessidade de concluir Angra 3 que, segundo o BNDES, consumirá cerca de R$25 bilhões e vai onerar a conta de luz dos consumidores. É intolerável que investimentos deste porte sejam direcionados a um programa nuclear recheado de corrupção e tragédias, enquanto faltam recursos para atender populações que enfrentam eventos extremos gerados pelas mudanças climáticas e suas consequentes tragédias humanas e ambientais.

A decisão sobre Angra 3 deve sair este mês. Por isto, neste mês acontecerão debates e ações, em locais que integram o ciclo nuclear de produção de eletricidade, como o lançamento de publicações; o impulsionamento do abaixo-assinado contra a conclusão de Angra 3 e a divulgação de uma série de artigos abordando as principais encrencas que envolvem a problemática indústria nuclear brasileira.

As atividades do Setembro Antinuclear serão iniciadas amanhã, com a publicação, do artigo Triplicar a energia nuclear até 2050 exigirá um milagre, e milagres não acontecem de Farrukh A Chishtie – cientista atmosférico, climático e de observação da Terra, lider da Fundação Sociedade Pacífica, Ciência e Inovação, que atende comunidades afetadas pelas mudanças climáticas, guerras e pandemias – e do físico MV Ramana, professor titular em Desarmamento, Segurança Global e Humana na Universidade da Colombia Britânica. É membro do Grupo Internacional de Avaliação de Risco Nuclear e da equipe responsável pelo Relatório Anual sobre o Status da Indústria Nuclear Mundial

A iniciativa é uma co-promoção da Articulação Antinuclear Brasileira (AAB), da Articulação Antinuclear do Ceará, Articulação Sertão Antinuclear (PE), Associação Poços Sustentável, Poços de Caldas (MG), Articulação dos Povos e Organizações Indígenas do Nordeste, Minas Gerais e Espírito Santo – APOINME, Comitê de Energia Renovável do Semiárido, Sousa (PB), Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, Brasília (DF), Frente Popular de Luta Antinuclear (Caldas-MG), Frente por uma Nova Politica Energética, Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental – FMCJS, Grupo de Defesa e Promoção Socioambiental – Germen, Salvador (BA), Núcleo Caetité do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental, Caetité (BA), Núcleo Caldas da AAB e outras entidades.

Enviada para Combate Racismo Ambiental por Zoraide Vilasboas.

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