Funai e MPI fortalecem diálogo com povos indígenas do Sul para ampliar presença na COP 30

Funai

A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) participou do Ciclo COParente – Edição Sul, realizado em Florianópolis (SC), na segunda (5) e terça-feira (6). A iniciativa, promovida pelo Ministério dos Povos Indígenas (MPI), em parceria com a Funai, integra o processo preparatório para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), prevista para acontecer no mês de novembro, em Belém (PA). O objetivo é fortalecer a participação indígena nas discussões climáticas, garantindo que suas vozes e saberes estejam no centro das decisões e soluções frente à crise ambiental global.

O Ciclo COParente configura-se como um espaço de escuta, articulação e construção coletiva e reuniu cerca de 130 representantes dos povos indígenas da região Sul: Kaingang, Xokleng, Xetá, Guarani (Mbya, Avá e Nhandewa) e Charrua. No evento, representantes e organizações indígenas locais apresentaram propostas e tiraram dúvidas sobre a participação da região Sul do Brasil na COP 30. O movimento indígena foi representado pela Articulação dos Povos Indígenas da Região Sul (ARPINSUL), pela Comissão Guarani Yvyrupá (CGY) e pela Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade (ANMIGA).

A Funai defende a organização dos povos indígenas para uma ampla inserção nas discussões globais sobre a proteção ao meio ambiente. A autarquia indigenista entende que a proteção e gestão das terras indígenas são pontos centrais no processo e enfrentamento das mudanças do clima, considerando os altos índices de preservação da biodiversidade nos territórios tradicionalmente ocupados.

COP 30

A COP 30 é a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (Conferência das Partes), um encontro global anual no qual líderes mundiais, cientistas, organizações não governamentais e representantes da sociedade civil discutem ações para combater as mudanças do clima. Este é considerado um dos principais eventos do tema no mundo.

Os principais temas a serem discutidos incluem redução de emissões de gases de efeito estufa; adaptação às mudanças climáticas; financiamento climático para países em desenvolvimento; tecnologias de energia renovável e soluções de baixo carbono; preservação de florestas e biodiversidade; e justiça climática e os impactos sociais das mudanças climáticas.

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