Palácio do Planalto reage à informação publicada pelo site da revista Veja de que agência estaria monitorando os passos do ministro do STF
Por Carla Araújo e Tânia Monteiro, O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA – a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República divulgou nota oficial nesta noite de sexta-feira, 9, para negar que o presidente Michel Temer tenha acionado a Agencia Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar a vida do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin, conforme divulgado pela revista Veja. Segundo a assessoria do Planalto, Temer “jamais” acionou a agência com essa finalidade.
Fachin homologou delação de executivos da JBS que resultou na abertura de inquérito no STF para investigar se Temer praticou crimes de corrupção passiva, organização criminosa e obstrução da Justiça.
“O governo não usa a máquina pública contra os cidadãos brasileiros, muito menos fará qualquer tipo de ação que não respeite aos estritos ditames da lei”, diz o texto.
A nota acrescenta que “a Abin é órgão que cumpre suas funções seguindo os princípios do Estado de Direito, sem instrumentalização e nos limites da lei que regem seus serviços”.
O governo reiterou que “não há, nem houve, em momento algum a intenção do governo de combater a operação Lava Jato”, conclui o texto.
Veja a íntegra da nota:
Nota à imprensa
O presidente Michel Temer jamais “acionou” a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para investigar a vida do Ministro do Supremo Tribunal Federal Edson Fachin, como publicado hoje pelo site da revista Veja. O governo não usa a máquina pública contra os cidadãos brasileiros, muito menos fará qualquer tipo de ação que não respeite aos estritos ditames da lei.
A Abin é órgão que cumpre suas funções seguindo os princípios do Estado de Direito, sem instrumentalização e nos limites da lei que regem seus serviços.
Reitera-se que não há, nem houve, em momento algum a intenção do governo de combater a operação Lava Jato.
Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República.
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Foto: Dida Sampaio /Estadão