Não é piada: “Governo destina R$ 62 milhões para o turismo em Brumadinho”

Que turismo fazer quando existem mais de 100 corpos afundados na lama, muitos dos quais se sabe que provavelmente jamais serão resgatados? Isso é totalmente absurdo! Macabro! Essas criaturas não respeitam nada? (TP)

Na Agência Brasil

Mais de sete mil empresários de Brumadinho (MG) receberão parte dos R$ 62 milhões anunciados hoje (16) pelo governo para tentar reativar a atividade econômica local.

No dia 25 de janeiro, o rompimento da barragem da mineradora Vale, na Mina do Feijão, causou a morte de 166 pessoas e o desaparecimento de 144.

O município, que sedia o maior museu ao ar livre da América Latina – o Instituto Inhotim –, tem na atividade turística uma importante fonte de renda.

O dinheiro do Fundo Geral de Turismo (Fungetur) será direcionado ao Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais – BDMG – para depois ser disponibilizado para os prestadores de serviços turísticos cadastrados regularmente no Cadastur, o cadastro nacional do setor, em toda a região.

“Precisamos agir agora e evitar que as circunstâncias aprofundem ainda mais as feridas dessa tragédia. O turismo vai devolver esperança à cidade”, explicou o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Turismo pode ser fonte de receita

 Ele, que acompanha hoje (16) operações de busca e avaliação geotécnica no local, disse que o turismo pode ser uma fonte de receita e geração de empregos locais, reduzindo a dependência econômica regional do setor de mineração.

Segundo o ministro, o setor pode ser fundamental para várias cidades reverterem situações de profunda crise.
 
O dinheiro será disponibilizado com condições especiais, com prazos maiores e menores encargos, tendo como principal alvo microempresas que atuam com hospedagem, agências de viagem, locadoras de veículos e transportadoras turísticas.

As informações são da assessoria de imprensa do Ministério do Turismo.

Edição: Kleber Sampaio

Crime ambiental e tragédia humana no rompimento da barragem da Vale em Brumadinho. Foto: Ricardo Stuckert /Fotos Públicas

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