Cidades que cortam a BR-163 no sudoeste do Pará foram tomadas por densas nuvens de fumaça no fim de semana
Redação Brasil de Fato
Os reiterados ataques do presidente Jair Bolsonaro (PSL) às políticas ambientais, aos ambientalistas e aos órgãos de fiscalização estimularam fazendeiros da região amazônica a promoverem no último fim de semana um “dia do fogo” ao longo da BR-163, no sudoeste do Pará. Várias cidades foram cobertas por densas nuvens de fumaça.
A ideia, segundo o jornal local Folha do Progresso, era chamar a atenção do governo. “Precisamos mostrar para o presidente que queremos trabalhar e único jeito é derrubando. E para formar e limpar nossas pastagens, é com fogo”, afirmou ao jornal um dos organizadores da manifestação.
Nesta quarta-feira (13), dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) mostraram o tamanho do estrago feito pelos fazendeiros.
No sábado (10) a principal cidade da região, Novo Progresso, teve 124 registros de focos de incêndio, aumento em 300% em relação ao dia anterior. No domingo, foram 203 casos. Outra cidade bastante atingida foi Altamira, com 194 casos no sábado e e 237 no dia seguinte.
Segundo reportagem da Folha de S.Paulo, o Ministério Público Estadual investiga o caso.
O jornal lembra que, após a posse de Bolsonaro, o Ibama parou de fiscalizar as queimadas em Novo Progresso porque suas ações perderam apoio da Força Nacional, ligada ao Ministério da Justiça, e da Polícia Militar.
Edição: João Paulo Soares
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Imagem de satélite mostra centenas de focos de incêndio (assinalados com cruzes vermelhas) ao longo da BR 163 / Inpe