Poucos dias após o assassinato da ex-vereadora, em março de 2018, a desembargadora Marília Neves, do TJRJ, fez publicações associando Marielle com traficantes do Comando Vermelho
No O Dia
A Justiça do Rio determinou, nesta sexta-feira, que a desembargadora Marília Neves, do Tribunal de Justiça do Rio, pague indenização à família da ex-vereadora Marielle Franco (PSOL), assassinada no dia 18 de março de 2018.
O processo, que segue em sigilo de justiça no TJRJ, atendeu a uma ação movida pela família de Marielle após a desembargadora fazer publicação em redes sociais alegando que a ex-parlamentar tinha associação com traficantes do Comando Vermelho, maior facção criminosa do Rio de Janeiro. Segundo a família, Marília Neves foi condenada a pagar indenização por danos morais.
Nas redes sociais, a irmã de Marielle, Anielle Franco, afirma que a decisão “é o mínimo” e que não paga o preço de ver a imagem da irmã recém-assassinada ser difamada na internet. “Quiseram matar minha irmã duas vezes. Mas não permitiremos! Seguiremos o resto da vida defendendo a memória, o legado, e a honra de Marielle!”, reforça, em outra postagem.
Desembargadora já atacou Jean Wyllys
Com voto declarado em Jair Bolsonaro (sem partido) em 2018, a desembargadora Marília Neves também utilizou as redes sociais para atacar o ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL). Em uma publicação, ela afirmou que era favorável a um “paredão profilático” para certas pessoas, como o parlamentar. Em maio de 2019, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu uma queixa-crime apresentada pelo ex-parlamentar contra a desembargadora.
“Eu, particularmente, sou a favor de um paredão profilático para determinados entes… O Jean Willis, por exemplo, embora não valha a bala que o mate e o pano que limpe a lambança, não escaparia do paredão”, afirmou, na postagem.
–
Foto: A desembargadora e seu comentário sobre Boulos, em colagem do Brasil 247