Intensificação da pandemia reforça ofensiva bolsonarista contra meio ambiente e Direitos Humanos

ClimaInfo

A nova escalada da pandemia no Brasil não sensibilizou o governo Bolsonaro, que segue focado naquilo que tem sido uma das marcas mais tristes e lamentáveis de sua gestão: o desmonte ambiental e os ataques aos Direitos Humanos e às liberdades civis. No El País, Gil Alesi lembra a nomeação da advogada Helen de Freitas Cavalcante, quem fez carreira defendendo infratores ambientais, para a superintendência do Ibama no Acre, como o exemplo mais recente da “boiada” de Ricardo Salles.

Liszt Vieira não economizou palavras n’O Globo ao questionar o descaso do governo federal com o avanço da pandemia e a degradação ambiental no Brasil. “Bolsonaro cumpre sua promessa: Vim para destruir, não para construir”. Já Fernando Abrucio elenca no Valor os desafios – entre eles, a questão ambiental – que o Brasil enfrentará nos próximos anos com um governo que afasta o país cada vez mais da agenda do século XXI. “A crise da COVID-19 revelou claramente que o governo Bolsonaro é adepto de um populismo imediatista, pouco preocupado em construir políticas públicas consistentes e bem estruturadas”, escreveu Abrucio, “seja porque seleciona basicamente gestores incompetentes, que estão lá porque têm juízo de obedecer, seja porque o bolsonarismo não tem nem um diagnóstico nem um plano para transformar o Brasil”.

A condução desastrosa da pandemia reforça ainda mais a imagem negativa no Brasil no exterior, consolidando seu status como “pária” global. Vivian Oswald destacou n’O Globo a repercussão negativa da situação brasileira no mundo e como isso pode piorar as condições políticas, econômicas e estratégicas para o país em suas relações internacionais. Na mesma linha, Jamil Chade ressaltou no UOL que o Brasil não está se tornando apenas um pária, mas também uma ameaça global. “Hoje somos uma das ameaças e o novo epicentro da crise global. Em 24 horas, 30% dos novos contaminados no planeta pela COVID-19 estavam no Brasil. Na última semana, representamos 12% de todos os mortos. E o pior: não há controle e nem estratégia para sair de um velório que parece não ter fim.”

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