Justiça Global requer imediata apreensão e custódia das armas de policiais envolvidos na ação que motivou morte de jovem grávida no Rio de Janeiro

A organização de direitos humanos Justiça Global requereu, na noite desta terça-feira (08), a imediata apreensão e custódia das armas dos policiais em serviço na Unidade Pacificadora do Lins de Vasconcelos. Agentes desta UPP teriam participado de confronto que resultou na morte da jovem Kathlen de Oliveira Romeu, grávida de quatro meses. Os ofícios foram enviados ao Secretário de Estado da Polícia Militar do Rio de Janeiro, à Secretaria de Polícia Civil, e ao Ministério Público do Estado.

“Trata-se de mais um caso terrível de violência envolvendo agentes policiais, com a avassaladora morte de uma jovem que carregava um bebê ainda em seu ventre”, afirma a Justiça Global.

A organização também solicitou informações referentes ao inquérito policial instaurado e aos procedimentos periciais realizados e em curso.

Para a Justiça Global, “é necessário que seja realizada a investigação célere dos fatos e identificação dos responsáveis. Não podemos admitir que o assassinato de uma jovem negra seja tratado como “bala perdida” e não haja responsabilização dos envolvidos na tragédia”.

A organização ainda lembra que a ação que resultou na morte de Kathlen ocorreu durante a vigência da decisão de suspensão das operações policiais, por ordem do Supremo Tribunal Federal no âmbito da ADPF 635. “O reiterado descumprimento das determinações do STF vem sendo qualificado como uma verdadeira afronta à mais alta Corte do país. É essencial que se investigue as justificativas, circunstâncias e cautelas empregadas em cada ação das polícias fluminenses, sob o risco de absoluta chacota aos poderes que sedimentam o Estado Brasileiro”, conclui.

Kathlen Romeu, de 24 anos, estava grávida e morreu com tiro no Rio de Janeiro (Foto: Reprodução/Instagram)

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