Exposição de Giselle Beiguelman, no Museu Judaico de São Paulo, apresenta, a partir do próximo dia 23, uma programação para debater o decolonialismo, racismo, entre outros temas contemporâneos
Por Leila Kiyomura, Jornal da USP
A nova mostra Botannica Tirannica, de Giselle Beiguelman, com curadoria de Ilana Feldman, no Museu Judaico de São Paulo, vem surpreendendo o público com seu jardim que traz a estética do preconceito e o decolonialismo. A exposição, a partir do próximo dia 23, às 17 horas, inicia uma nova programação com oficinas, conversas e workshops.
“Como vocês sabem, Botannica Tirannica tem como um dos seus eixos de reflexão as relações entre racismo e discurso científico e seus desdobramentos estéticos e políticos no imaginário coletivo e na sociedade”, explica a artista e professora Giselle Beiguelman em sua coluna Ouvir Imagens, na Rádio USP (clique e ouça o player). “Esses temas são centrais nas pesquisas da jornalista, historiadora e ativista Tania Pacheco e da historiadora, antropóloga e curadora Lilia Schwarcz. Elas abrem nesta próxima quinta-feira (23) os programas públicos da exposição.”
A professora destaca que os encontros seguem com discussões como Inteligência Artificial, as novas relações entre arte e meio ambiente, colonialismo ambiental e seus desdobramentos sociais, alimentação e o jardim como instrumento de dominação da natureza. Entre os convidados para as conversas estão o pesquisador da Universidade Federal do ABC, Tarcízio Silva; o cineasta Miguel Antunes Ramos; o professor do Departamento de Ciências Políticas da USP, Jean Tible; a educadora e líder indígena Jerá Guaran; o curador Felipe Chaimovitch; o antropólogo Hermano Vianna; e o botânico Anderson Silva.
“Além desses encontros, que são mais conversas, teremos ações externas como um workshop de plantio no Parque Augusta, que será coordenado pelo Bruno Araújo, designer responsável pelo jardim da resiliência, uma das obras impactantes da exposição. Há ainda uma oficina de aquarelas com o artista Ricardo Van Steen. E, para fechar, uma conversa sobre hortas urbanas, culinária e as suas relações como uma perspectiva decolonial com a professora Nilce Aravecchia, da FAU USP. Há muita coisa para acontecer e compartilhar”, convida a colunista.
Serviço
Botannica Tirannica, de Giselle Beiguelman | Ciclo de conversa Botannica Tirannica
Museu Judaico de São Paulo (MUJ)
Data: Dia 23 de junho, quinta-feira às 17h,
Local: Rua Martinho Prado, 128 – São Paulo, SP
Ingresso Sugerido: R$ 20
Classificação indicativa: Livre
Acesso para pessoas com mobilidade reduzida
