Datafolha: 49% enxergam falta de ação do governo para solucionar assassinato de Bruno e Dom

ClimaInfo

A mais recente pesquisa Datafolha não apenas jogou um balde de água fria nas pretensões eleitorais do atual presidente da República. Ela mostrou também que os brasileiros, em sua maioria, entendem que o governo federal não fez tudo o que poderia para investigar o bárbaro assassinato do indigenista Bruno Pereira e do jornalista Dom Phillips no Vale do Javari.

De acordo com a pesquisa, 49% dos entrevistados afirmaram que o presidente da República se omitiu de alguma forma nesse caso; na outra ponta, 27% assinalaram que o governo fez tudo o que poderia. Da mesma forma, cerca de 40% dos entrevistados entendem que o governo federal incentiva ilegalidades na Amazônia, como a ação de caçadores e pescadores ilegais, garimpeiros e grileiros, bem como invasores de Terras Indígenas e desmatadores em geral.

Ainda sobre o crime no Vale do Javari, o superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Fontes, voltou atrás na afirmação feita por investigadores de que os assassinatos não teriam um mandante. Em entrevista à Rede Amazônica/TV Globo, Fontes afirmou que a PF apura essa possibilidade e que nenhuma linha de investigação será deixada de lado. O Guardian também abordou essa informação.

Sobre as investigações, o g1 destacou o depoimento de Jeferson da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”, um dos três detidos até agora pela Polícia Civil do Amazonas pelas mortes de Bruno e Dom. Ele teria dito que Amarildo da Costa Oliveira, o “Pelado”, o teria chamado para fazer a perseguição ao barco da dupla no rio Itaquaí na manhã do último dia 5/6. Amarildo teria atirado primeiro em Dom, nas costas, e depois em Bruno. Jeferson teria sido o responsável por esconder a lancha dos assassinados, enquanto Amarildo e o irmão dele, Oseney da Costa, se desfaziam dos corpos.

Por outro lado, a PF soltou um 4o suspeito que tinha sido detido em São Paulo na semana passada. De acordo com os investigadores federais, a versão apresentada por Gabriel Pereira Dantas seria “pouco crível e desconexa com os fatos até o momento apurados”. O Estadão deu mais detalhes.

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