Bolsonaristas tocam terror no Mato Grosso, celeiro do agronegócio

ClimaInfo

Enquanto as manifestações golpistas perdem força em todo o Brasil, o Mato Grosso continua sendo palco para uma escalada terrorista desses grupos, que contestam os resultados da eleição presidencial e defendem um golpe. O Estadão destacou a situação da BR-163, uma das principais vias de escoamento da produção de soja no Centro-Oeste brasileiro.

Na semana passada, um grupo armado realizou diversos ataques na rodovia, destruindo um posto de pedágio e incendiando um guincho e uma ambulância em Lucas do Rio Verde. Em outra ação, os golpistas impediram a passagem de uma família que levava uma criança para fazer uma cirurgia urgente nos olhos no município de Sorriso.

Os bloqueios na BR-163 ainda não causam problemas para o agronegócio. Isso porque os produtores estão na entressafra, quando eles já estão com os insumos em mãos e plantaram a soja e o milho da próxima safra. A coisa pode mudar de figura se a baderna seguir até janeiro, quando começa o escoamento da produção.

A Polícia Rodoviária Federal – a mesma que se fingiu de morta quando os protestos golpistas começaram logo após o 2º turno – informou que o prejuízo poderia ser ainda pior. Isso porque, de acordo com o g1, os criminosos tentaram derrubar uma ponte na BR-158, em Bom Jesus do Araguaia, onde os agentes encontraram uma série de cortes suspeitos na estrutura, e explodir um trecho da BR-174 em Sapezal, com dinamites enterradas em furos na via.

Na semana passada, o governo do Mato Grosso defendeu uma resposta mais dura das forças policiais contra grupos violentos. “A manifestação pacífica, ordeira, a gente respeita. Partiu para a baderna, a gente vai pra cima com as nossas forças de segurança”, afirmou o vice-governador Otaviano Pivetta, governador em exercício do estado. O Metrópoles destacou a fala de Pivetta e as críticas contra a reação lenta das autoridades estaduais à escalada golpista no MT.

Já no Pará, uma ação bolsonarista na BR-163 resultou em uma troca de tiros entre criminosos e agentes da PRF na região de Novo Progresso. A Folha destacou a avaliação do Ministério Público Federal, que acusou o grupo de cometer dez crimes, como tentativa de homicídio qualificado. “Os policiais foram atacados por pedradas e disparos de rojões e as viaturas da corporação foram atingidas por disparos de armas de fogo, o que impossibilitou o cumprimento da ordem judicial de desobstrução da estrada”, disse o MPF. Até a última 5ª feira (24/11), seis investigados tinham sido detidos pela Polícia Federal e encaminhados a Santarém.

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