Alexandre de Moraes autoriza quebra de sigilo telefônico e de dados de líderes do bolsonarismo

Segundo o colunista Rodrigo Rangel, do portal “Metrópoles”, decisão pode atingir até mesmo ao ex-presidente

Redação Brasil de Fato

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a quebra de sigilo telefônico e de dados de oito pessoas diretamente ligadas à propagação de informações falsas pelo bolsonarismo. A decisão, divulgada inicialmente pelo colunista Rodrigo Rangel, do portal Metrópoles, pode fazer com que as investigações avancem até chegar a outras pessoas, incluindo o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos desde o último dia 30 de dezembro.

A partir do despacho de Moraes, agentes da Polícia Federal (PF) que trabalham nas investigações dos atos antidemocráticos que se espalharam pelo país após a derrota de Bolsonaro nas eleições de 2022 poderão chegar a outras pessoas que mantiveram contato com os oito alvos iniciais da decisão. Eventualmente, os sigilos dessas pessoas também poderão ser quebrados.

Segundo noticiou o Metrópoles, a decisão, publicada no último dia 12 de dezembro, permitirá aos policiais terem acesso a informações enviadas por e-mail e aplicativos de mensagens (como o WhatsApp e o Telegram). O despacho do ministro determina rastreio dos contatos feitos a partir de 2017, quando Bolsonaro já estava em pré-campanha à presidência.

De acordo com o colunista, a decisão do ministro pode fazer com que pessoas que trocaram mensagens ou falaram por telefone com algum dos investigados se tornem imediatamente alvos da operação. Isso incluiria, por exemplo, advogados, jornalistas – e, claro, pessoas ligadas ao poder público, como o próprio Bolsonaro.

Os oito alvos iniciais da decisão se tornaram os principais investigados por promover ataques ao próprio STF, ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a outras instituições. Os nomes não foram divulgados pelo colunista que teve acesso à decisão, mas foi publicado que entre eles há políticos com mandato.

Edição: Nicolau Soares

Foto: STF

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