Segundo Marina Silva, os recursos serão empregados no enfrentamento do problema da mudança do clima e, ao mesmo tempo, no enfrentamento das desigualdades socioeconômicas nacionais.
O BNDES anunciou na última 5ª feira (24/8) sua nova estratégia para revitalizar o Fundo Nacional sobre Mudança do Clima, mais conhecido como Fundo Clima. A principal novidade é a promessa de injetar R$ 10,4 bilhões em novos recursos do Fundo, arrecadados a partir da venda de títulos soberanos sustentáveis do Tesouro Nacional.
Os novos recursos se destinarão a seis linhas de financiamento a partir de 2024, que miram projetos de desenvolvimento urbano, resiliente e sustentável; indústria verde; logística de transporte, transporte coletivo e mobilidade verdes; transição energética; florestas nativas e recursos hídricos; e serviços e inovação.
“O objetivo é enfrentar o problema da mudança do clima e ao mesmo tempo enfrentar as desigualdades. Para que a gente possa sair da lógica de apenas mitigar e adaptar, mas também transformar as bases econômicas sociais e culturais do modelo de desenvolvimento vigente”, disse a ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança do Clima), durante a reunião do comitê gestor do Fundo Clima.
Criado em 2009, o Fundo Clima faz parte da Polícia Nacional de Mudança do Clima (PNMC) e já movimentou cerca de R$ 2,3 bilhões em financiamento na modalidade de empréstimo reembolsável (administrada pelo BNDES) e R$ 128 milhões na modalidade não-reembolsável (administrada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima).
Como outros instrumentos de meio ambiente e clima, o Fundo foi ignorado na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro, de tal forma que o orçamento dele para 2022 foi de apenas R$ 525 mil. Para efeito de comparação, neste ano, o governo destinou mais de R$ 3,5 bilhões.
Agência Brasil e Estadão repercutiram a notícia.
–
Gabriel Pereira / Ibama