Presidente da Justiça Militar é criticado por mencionar racismo estrutural e diversidade: “Brigadeire Joselí”

Por Sociedade Militar

O presidente do Superior Tribunal Militar, o Brigadeiro Joselí Parente, oficial general no último posto da carreira da Força Aérea Brasileira, nessa quarta-feira, 15 de novembro, fez a abertura de congresso sobre discriminação de gênero e raça. Após a publicação da informação na Revista Sociedade Militar e em seus perfis nas redes sociais as críticas foram em grande número e podem indicar que grande parte da sociedade acredita que as Forças Armadas Brasileiras devem se afastar de pautas como racismo estrutural, discriminação de gênero de raça e de religião. O oficial general em seu discurso declarou que o evento é oportunidade para reunir especialistas sobre os temas.

Alguns dos comentários postados no perfil no Twitter (X) da Revista Sociedade Militar após a divulgação da informação, mencionaram termos como “agenda progressista” e expressões ligadas à chamada linguagem neutra ao se referir ao brigadeiro Joseli Parente.

” … promover debates construtivos, capacitar os participantes com ferramentas práticas para implementar mudanças positivas e criar um ambiente inclusivo para o diálogo”

O simpósio “O assédio e a discriminação de gênero, raça e religião nas relações e trabalho” foi aberto pelo presidente do Superior Tribunal Militar (STM), ministro Francisco Joseli Parente Camelo e contou com a presença de ministros da Corte, vários militares da ativa e reserva além de autoridades do estado do Mato Grosso do Sul, entre elas o presidente do Tribunal de Justiça estadual (TJMS), desembargador Sergio Fernandes Martins.

O ministro Joseli Camelo, em seu discurso, afirmou que o simpósio é uma oportunidade de reunir especialistas e acadêmicos de relevância no cenário nacional para tratar do tema assédio e a discriminação de gênero, raça e religião nas relações de trabalho.

Trechos da publicação oficial no STM

“A finalidade é abordar questões importantes sobre conscientização, educação e informação relacionadas ao assédio e discriminação no ambiente de trabalho. Além de oferecer informações atualizadas sobre as leis de proteção aos trabalhadores, o evento visa compartilhar experiências pessoais e profissionais, promover debates construtivos, capacitar os participantes com ferramentas práticas para implementar mudanças positivas e criar um ambiente inclusivo para o diálogo”, disse ele.

O presidente do STM afirmou também que o evento é parte de um esforço nacional para eliminar, de uma vez por todas, qualquer tipo de discriminação ou preconceito que possa existir na sociedade nacional.

“A Justiça Militar da União, por meio de uma profícua atuação acadêmica profissional, capitaneada pela Enajum e pela Presidência do Superior Tribunal Militar, busca fomentar o respeito à diversidade, a tolerância no ambiente de trabalho, bem como a desconstrução de paradigmas entranhados no imaginário coletivo da sociedade, que durante muito tempo em nossa história legitimaram a arbitrariedade, o desrespeito e a intransigência, causando dor e sofrimento no âmbito das relações interpessoais profissionais, ferindo de morte direitos e garantias individuais, tutelados pelo artigo 5º da nossa Carta Magna”.

O magistrado disse ainda que dentro das fronteiras jurisdicionais do país se depara com problemas sociológicos graves, que merecem atenção especial: o racismo estrutural, a desigualdade de gênero, a intolerância contra minorias, a criminalidade sem controle e a corrupção endêmica são questões que geram atraso ao progresso e causam dor e sofrimento para a sociedade.

 

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