Caso Beto Freitas: TJRS desconsidera motivo torpe em assassinato cometido no Carrefour

Ministério Público analisa recorrer da decisão; crime ocorreu em novembro de 2020

No Sul21

O Ministério Público do RS analisa recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que afastou a qualificadora do motivo torpe do assassinato de João Alberto Silveira Freitas. A morte ocorreu no estacionamento do supermercado Carrefour, na zona norte da Capital, em novembro de 2020. A ação penal tramita no 2º Juizado da 2ª Vara do Júri do Foro Central da Comarca da Capital.

Os seis acusados do crime responderão por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima). João Alberto, um homem negro, fazia compras com a esposa quando foi abordado por dois seguranças do supermercado. Ele foi agredido com chutes e socos por mais de cinco minutos, sufocado e não resistiu. O espancamento foi registrado em vídeo por uma câmera de celular. A morte violenta de João Alberto ocorreu às vésperas do Dia da Consciência Negra, 20 de novembro.

Conforme a denúncia do Ministério Público, autor da ação penal, um dos motivos do crime (motivo torpe) foi a condição de vulnerabilidade econômica e de preconceito racial em relação à vítima. João Alberto foi monitorado e acompanhado de forma constante e ostensiva enquanto fazia compras e, em seguida, foi escoltado durante a sua caminhada para sair do estabelecimento e perseguido pela equipe de segurança até o desfecho que levou à sua morte.

Imagem: João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, morto no Carrefour na noite de 19/11/2020. Foto:
Arquivo Pessoal

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