MPF pede que Funai interdite áreas com indígenas isolados no Amazonas

Por Cenarium*

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou à Diretoria de Proteção Territorial da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) que promova a imediata interdição das áreas com a presença de indígenas isolados nas regiões do Mamoriá Grande, no município de Lábrea, e do Igarapé Caribi, nos municípios de Silves e Itapiranga, no Amazonas. (mais…)

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Impasses do carbono: os Parintintin querem vender seus créditos sem intermediários

Indígenas tentam retomar controle e cancelar parceria com empresário acusado de violar direitos, segundo ofício da Funai

Por Clarissa Levy | Edição: Marina Amaral | Fotógrafo: José Cícero, Agência Pública

“A verdade é que eu vivo de coração apertado porque nossos adolescentes estão todos na cidade”, diz Benedita Parintintin, vice- cacica da aldeia Canavial, onde vivem 46 indígenas nas margens do rio Ipixuna, no sul do Amazonas. (mais…)

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Herói da independência do Piauí é quinto avô de Sarney e teria passado escravizador

Linhagem tem visconde que combateu Balaiada e “patriarca do sertão”, que teria escravizados, segundo registros

Por Bruno Fonseca | Edição: Mariama Correia, Agência Pública

Na entrada de Oeiras, cidade de quase 40 mil habitantes no centro do Piauí, um “herói” brasileiro foi imortalizado em uma construção que celebra a data mais importante do calendário oficial do estado. O Monumento 24 de Janeiro, inaugurado em agosto de 2021 após anos de idas e vindas e promessas frustradas de governantes, destaca os feitos de Manuel de Sousa Martins [em grafias antigas, o sobrenome Sousa aparece também com Z] o primeiro barão e visconde da Parnaíba. Ele foi responsável, segundo a história oficial, por consolidar a independência do Piauí, justamente em 24 de janeiro de 1823, na própria Oeiras, então capital do Piauí, quando se declarou ao lado de dom Pedro I e lutou no confronto sangrento da Batalha do Jenipapo, uma das batalhas da independência do Brasil. (mais…)

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A Big Pharma, uma invenção norte-americana

Notas sobre o desenvolvimento das gigantes dos medicamentos. Sua hegemonia é pilar da afirmação da unipolaridade neoliberal e sua projeção é fruto de imenso aparato de apoio estatal e lobby que coloca acionistas acima da saúde coletiva

por Reinaldo Guimarães, Outra Saúde

1. As relações primordiais entre a Farma norte-americana, suas guerras e o Estado

Tanto o apoio estatal quanto as guerras que o país enfrentou ajudaram no nascimento da indústria farmacêutica nos EUA. A Pfizer foi fundada em 1849 por dois químicos imigrantes alemães e seu negócio expandiu-se rapidamente durante a Guerra Civil. Outro personagem histórico foi o coronel Eli Lilly que serviu na mesma guerra e após seu término, em 1876, abriu a empresa farmacêutica que, até hoje, leva seu nome. Outro militar na história da indústria farmacêutica nos EUA foi Edward Squibb, que foi médico naval durante a guerra mexicano-americana, fundou sua empresa em 1858 e também colaborou na Guerra Civil. No século XX, ao final da Primeira Guerra Mundial, a Bayer (alemã) teve a marca registrada da aspirina e seus ativos apreendidos nos EUA, enquanto a Merck foi compulsoriamente separada de sua matriz, também alemã. Durante a 2ª Guerra Mundial, aquela que foi, talvez, a descoberta farmacêutica de maior impacto na história, a penicilina, teve sua produção industrial integralmente comprada pelo governo norte-americano por ocasião da entrada dos EUA na guerra. A produção industrial foi realizada por várias empresas, incluindo Merck, Pfizer e Squibb. (mais…)

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A eleição de Trump e o sistema mundial

Washington já não afirmará sua “excepcionalidade moral” e buscará fazer prevalecer seus interesses exercendo a força. Mas a China preparou-se, o Oriente Médio mudou e a Rússia está mais forte. Vem aí uma nova corrida às armas

Por José Luís Fiori, em Outras Palavras

A maioria dos analistas está de acordo que o fracasso internacional do governo de Joe Biden teve um papel importante na vitória de Donald Trump, nas eleições do dia 5 de novembro de 2024. Com destaque para a humilhante retirada americana do Afeganistão; para o fracasso da OTAN na Guerra da Ucrânia; ou finalmente, para a ambiguidade dos EUA frente ao genocídio israelense da Faixa de Gaza, divididos entre seus apelos humanitárias e o fornecimento direto das armas, do dinheiro e das informações utilizadas pelo governo de Israel no bombardeio da população palestina. (mais…)

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Saúde mental: para enfrentar os agravantes climáticos

Dizer que a crise climática causa sofrimento não basta – ou poderíamos “resolver” a questão com mais drogas psiquiátricas. Há alternativa: combater a desigualdade, que agrava eventos extremos, será decisivo para uma resposta coletiva ao problema

Por Claudia Braga*, em sua coluna para o Outra Saúde

Ocorrendo até esta sexta-feira (22/11) em Baku, no Azerbaijão, a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2024 (COP 29) é um momento decisivo para avançar em acordos e compromissos para frear os impactos das mudanças climáticas e atender às necessidades dos países mais vulneráveis a elas. Dos muitos impactos que as mudanças climáticas provocam (e que vêm sendo agravados pela tragédia política geral), é considerável o impacto sobre o bem-estar – o que exige novas respostas dos sistemas de saúde, em especial para a saúde mental. A questão é: quais respostas temos que construir também nesse campo? (mais…)

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COP29: resistência de países ricos em ampliar financiamento climático ameaça negociações

A um dia do fim da conferência, proposta de texto sobre a nova meta desagrada negociadores; nações desenvolvidas e em desenvolvimento não chegam a consenso.

ClimaInfo

A 5ª feira (21/11) foi marcada por mais frustração de negociadores e observadores que participam da 29ª Conferência do Clima da ONU (COP29), em Baku. Faltando apenas um dia (ao menos, formalmente) para o encerramento das negociações na capital do Azerbaijão, eles temem que não seja possível a superação dos impasses em relação à principal falta deste encontro: o futuro do financiamento climático. (mais…)

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