Bolsonaro em Copacabana: anatomia de um (semi)fracasso

Ato em que o ex-presidente buscou impunidade reuniu público muito inferior ao previsto. Mas análise das falas de seus protagonistas revela que a agenda de ultra-direita segue viva; e que cabe ao governo Lula apresentar projeto que vá além da defesa da democracia

por Mayra Goulart, em Outras Palavras

No dia 16 de março de 2025, a extrema direita realizou mais um ato público em Copacabana, no Rio de Janeiro, reunindo milhares de manifestantes. A mobilização teve como propósito declarado pressionar pela anistia dos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes, ocorridos em 8 de janeiro de 2023. O evento foi convocado com ampla mobilização da base bolsonarista e teve como eixo central discursos contra o governo Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF), com ataques direcionados especialmente ao ministro Alexandre de Moraes. (mais…)

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Acervo da pandemia: a luta por memória, justiça e reparação

Nos 5 anos da covid, iniciativa do Instituto Sou Ciência, da Unifesp, lança projeto para que o Brasil não se esqueça dos anos de dor e destruição. Cientistas e famílias que perderam entes queridos protestam: por que os culpados pelas mortes ainda estão impunes?

por Gabriel Brito, em Outra Saúde

No último dia 12 de março, completaram-se 5 anos da primeira morte por coronavírus no Brasil. Ocasião na qual o Instituto Sou Ciência, da Universidade Federal de São Paulo, aproveitou para lançar o Acervo da Pandemia de Covid-19, em evento realizado na Escola Paulista de Medicina, na zona sul da capital paulista, e transmitido online. O acervo é um trabalho de professores e pesquisadores desta instituição, do Centro de Pesquisas em Direito Sanitário da Universidade de São Paulo (Cepedisa/USP), da Associação de Familiares de Vítimas da Covid (Avico) e conta com apoio do governo federal através do MCTI e do Finep. Em seu site, também creditam-se contribuições dos podcasts Medo e Delírio e Brasília e Camarote da República. (mais…)

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Uma nova chance para o Orçamento Participativo

Conselhão propõe a instituição do mecanismo democrático. Agora, cabe a Lula decidir se dispara o processo de plenárias em todo país, orientadas pela Plataforma Brasil Participativo, para que o povo possa decidir sobre as finanças públicas

por Túlio Batista Franco, em Outra Saúde

Instituíram-se escolas em três aldeias: Serra da Mandioca, Anum e Canafístula. O Conselho mandou subvencionar uma sociedade aqui fundada por operários, sociedade que se dedica à educação de adultos.
Obterão, […], a habilidade precisa para ler jornais e almanaques, discutir política e decorar sonetos, passatempos acessíveis a quase todos os roceiros”.
(Palmeira dos Índios, 11 de janeiro de 1930. GRACILIANO RAMOS)

O texto em epígrafe é um pequeno fragmento da prestação de contas do então prefeito de Palmeira dos Índios-AL, Graciliano Ramos. Considerado um relatório da gestão, e ao mesmo tempo uma peça literária, tornou-se notório, sendo lido por administradores e literatos. Demonstra que em qualquer tempo e lugar onde a administração pública se impõe, o orçamento público sempre foi considerado o coração de qualquer administração, é ali que as políticas ganham corpo, opções favorecem ou não a diferentes atores sociais e políticos, e o que importa em uma democracia, o povo deve ser chamado a opinar. (mais…)

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Golpe de Estado à brasileira

Por que militares como o general Augusto Heleno assumiram papéis tão bizarros? Ao ler o inquérito sobre a tentativa de golpe de 2022, é impossível não lembrar uma comédia de Mauro Monicelli. Mas surge a oportunidade de um debate menos superficial sobre o papel das Forças Armadas

por Bernardo Rocha Carvalho, em Outras Palavras

O título deste texto é uma alusão a um filme italiano de comédia de 1973, dirigido por Mario Monicelli, chamado Vogliamo i colonnelli, isto é, “queremos os coronéis”, mas lançado no Brasil com o título de Golpe de Estado à italiana. O protagonista é o deputado de direita Giuseppe Tritoni, que promove secretamente um atentado contra a Madonnina, uma imagem da Virgem Maria situada no topo da Catedral de Milão, com o objetivo de culpar os comunistas e manchar a imagem da esquerda. O atentado é um fracasso, por pouco a farsa não vem à tona, mas Tritoni já tem o pretexto que queria para romper com seu partido, por considerá-lo tolerante demais com o crescimento da esquerda e, no limite, com a própria consolidação democrática, a pouco mais de vinte anos da derrocada do regime fascista de Mussolini. O próximo passo do deputado é buscar uma lista secreta de oficiais militares dispostos a aderirem a uma operação de tomada do poder por meio de um golpe de Estado. (mais…)

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Coach de masculinidades seduzia para aplicar calotes financeiros

Ao menos dez pessoas acusam Manoel Pinto de estelionato financeiro e amoroso

Por Amanda Audi | Edição: Mariama Correia, Agência Pública

As coisas mudaram bastante desde 2010. Algumas das principais mudanças aconteceram depois que o feminismo se tornou um assunto corriqueiro nos mais variados lugares – começando pela internet, onde campanhas massivas como o #MeToo ganharam força e chegaram até o bate-papo na fila do pão. Foi nesse contexto, de avanço dos direitos das mulheres, que os homens passaram a se sentir mais perdidos do que nunca. Afinal, qual é o papel deles na nova sociedade que se desenha? (mais…)

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O que espera de Padilha o movimento sanitário

No dia seguinte à posse, representantes de entidades da saúde se reuniram com o novo ministro. Apresentaram a importância do diálogo constante – e frisaram o papel da aliança com os movimentos sociais para dar novo ritmo à reconstrução do SUS

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

Na terça-feira (11/3), um dia após assumir a direção do Ministério da Saúde (MS), Alexandre Padilha teve como uma de suas primeiras agendas um encontro com representantes da Frente pela Vida (FpV), importante articulação nacional que reúne entidades científicas e do movimento sanitário que lutam em defesa do SUS, e do Conselho Nacional de Saúde. (mais…)

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Ministério Público recorre de decisão da Justiça que não viu irregularidade em ato de Bolsonaro na Independência

Para o MP, a União falhou em garantir a neutralidade das Forças Armadas ao permitir que o evento oficial fosse utilizado para fins eleitorais, beneficiando a campanha do então presidente Jair Bolsonaro (PL)

g1

O Ministério Público Federal (MPF) recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra uma decisão da Justiça Federal que negou a abertura de ação contra a União por suposta politização das comemorações do Bicentenário da Independência, em 7 de setembro de 2022.

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