Goodbye, Žižek!

Žižek, tão contundente ao identitarismo, despediu-lhe por uma porta – a de defesa dos direitos humanos – para fazê-lo entrar por outra – a de defesa da civilização europeia. Permaneceu, portanto, preso ao paradigma do Estado sem a crítica da economia política. Por isso, optou desde sempre pelo pré-marxismo

Por Douglas Rodrigues Barros, no blog da Boitempo

Dentre as frases de Machado de Assis, uma particularmente especial é aquela que diz: “Os adjetivos passam, e os substantivos ficam!”. O mote é autoevidente: os predicados desaparecem e aquilo que essencialmente importa ganha uma temporalidade substancial. Há muitas problematizações na obra de Žižek que irão permanecer e, felizmente, muitas conclusões de suas intervenções que irão desaparecer. Seria erro, porém, tratar os artigos de circunstância, ou suas entrevistas, como meros predicados. Se lida bem, sua obra revela uma coerência lógica com suas intervenções públicas. (mais…)

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Torturas e listas sujas: como a Mannesmann aliou-se à ditadura para reprimir trabalhadores

Empresa que teve diretor nazista na Europa e apoiou golpe no Brasil usava polícia em fábricas para contornar greves

Por Marcelo Oliveira | Edição: Ed Wanderley, em Agência Pública

“As fábricas foram ocupadas pela polícia da ditadura e aqui na Mannesmann houve tiros, emboscada e bombas, na madrugada de 1º de outubro [de 1968] e depois continuamos trabalhando com fuzil nas costas.” (mais…)

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O Caso Marielle e a contaminação das instituições do RJ

Caso revela que o crime que toma as ruas do Rio fez uma simbiose com o sistema político e a cúpula das das polícias

por Igor Felippe Santos, no Brasil de Fato

Uma doença maligna com o crescimento desordenado de células agressivas, que formaram um tumor que proliferou e invadiu tecidos da sociedade e do Estado. Agora, em estágio de progressão, se espalha para mais regiões do corpo.

Sim, o Rio de Janeiro é como um corpo doente com um câncer. A prisão de um deputado federal, de um conselheiro do Tribunal de Contas do estado e de um ex-chefe da Polícia Civil pelo brutal assassinato da vereadora Marielle Franco demonstra o quadro de metástase. (mais…)

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Editora da UFSC mantém lançamento de ‘Contra o Sionismo’ após censura de pró-reitoria

Nildo Ouriques, novo diretor da EdUFSC, recusou pressão da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade da Universidade Federal de Santa Catarina, que recomendou retirada de apoio ao evento

por Duda Blumer, em Opera Mundi

A Editora da Universidade Federal de Santa Catarina (EdUFSC) decidiu manter seu apoio ao lançamento do livro Contra o Sionismo: breve história de uma doutrina colonial e racista (Alameda), do jornalista e fundador de Opera Mundi, Breno Altman, após censura da Pró-Reitoria de Ações Afirmativas e Equidade (Proafe) da universidade. (mais…)

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Ela ousou enfrentar o urbanismo miliciano

Prisão dos mandantes do assassinato mostra: o mercado imobiliário tornou-se a principal fonte de renda das milícias fluminenses. Marielle se opôs a projeto que visava favorecê-las. O que o crime revela sobre a questão fundiária no campo e na cidade?

por Glauco Faria, em Outras Palavras

Em 22 de dezembro de 1988, o líder seringueiro e sindicalista Chico Mendes era assassinado na porta de sua casa, em Xapuri, no Acre. Sua morte havia sido encomendada pelo fazendeiro local Darly Alves da Silva a seu filho, Darci, que executou uma sentença já há muito anunciada. (mais…)

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Entenda como Marielle incomodou a expansão imobiliária criminosa

Exploração de imóveis é fonte de receita e poder político para milícia

Por Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

O relatório final do inquérito da Polícia Federal (PF) sobre os assassinatos da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, mostra que o estopim para o crime pode ter sido uma disputa política em torno de um projeto de regularização fundiária. (mais…)

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