Racismo, ferida colonial que não cicatrizou

Como enfrentar a “máquina de significação”, da qual falava Sartre, que desumaniza as pessoas negras? Quais aparelhos ideológicos do Estado são chaves para isso? Por que a luta passa também pela redefinição das bases que sustentam o poder e a produção?

por Mauro Junior Griggi, em Outras Palavras

Discutir a realidade escravista, ainda que envolta no tabu, implica, de fato, desvelar as máscaras do neoliberalismo, em face do confronto com a ditadura do capital. Seria esta uma via para a superação das cicatrizes históricas? Mesmo à luz de um cenário de dominação, a busca por subterfúgios que permitam ruir essa tradição imperial e de superioridade ética manifesta-se, paradoxalmente, como uma tentativa de transgredir tais constrições. (mais…)

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Ensino de cultura afro é obrigatório há 22 anos, mas requer avanços

Lei 10.639 incluiu o ensino dessa temática nas escolas brasileiras

Luiz Claudio Ferreira – Repórter da Agência Brasil

Nos cadernos e livros das crianças, a maioria dos heróis brasileiros, dos escritores, das histórias revolucionárias de estrangeiros e de descobertas é de personagens brancos. “Isso é muito ruim para a gente. Nossas crianças e jovens da comunidade são pessoas pretas que precisam reconhecer nossas histórias e heróis”, diz a agricultora Rose Meire Silva, de 46 anos, liderança da comunidade quilombola Rio dos Macacos, em Simões Filho (BA). (mais…)

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Iniciativa brasileira inclui fim do racismo e igualdade étnico-racial nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

Thiago Gehre Galvão e Tatiana Dias Silva, The Conversation

Em 2015, a ONU estabeleceu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), como um quadro de referência sobre o desenvolvimento global. Os objetivos, reunidos na Agenda 2030, têm como diretrizes a igualdade de oportunidades e o respeito aos direitos humanos, a proteção do planeta, a paz e a prosperidade sem deixar ninguém para trás por meio de uma parceria global para o desenvolvimento sustentável. Agora, o Brasil, numa iniciativa voluntária, pretende incluir um 18o objetivo nas metas nacionais para 2030. (mais…)

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STM absolve militares por morte do músico Evaldo Rosa, alvejado com tiros de fuzil no RJ

Condenação foi mantida por morte de Luciano Macedo, que foi ajudar Evaldo Rosa; pena total foi reduzida em 10 vezes

Por Natalia Viana, Agência Pública

Numa sala mais movimentada que o normal e na última semana de trabalhos, os 15 ministros que compõem o Superior Tribunal Militar encerraram hoje o julgamento do Caso Evaldo Rosa. A Corte decidiu seguir o relator e, por 8 votos, absolveu os militares da morte do músico, que teve o carro atingido por 62 tiros no Rio de Janeiro, em 7 abril de 2019. Os militares tiveram a condenação mantida apenas pela morte do catador de recicláveis Luciano Macedo, que tentou ajudar Evaldo, e também acabou fuzilado na ocasião. (mais…)

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“Ainda tenho um tiquinho de esperança”, diz viúva de Evaldo Rosa em dia de julgamento

Em entrevista, Luciana Nogueira critica Justiça Militar e diz que foi acusada de não querer socorrer o marido

Por Natalia Viana, Agência Pública

“O primeiro julgamento foi horrível, espero que não seja assim”, dizia Luciana dos Santos Nogueira, viúva do músico Evaldo Rosa, morto após ser atingido por nove tiros de fuzil disparados por militares do Exército, em 7 de abril de 2019, no Rio de Janeiro. Ela fala com o olhar fixo em seu filho, Davi Bruno, do outro lado da mesa, enquanto jantavam às vésperas da retomada do julgamento do assassinato de seu esposo no Superior Tribunal Militar (STM). (mais…)

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É hora de levar a sério o antirracismo no SUS

Campanha “Não fique em silêncio”, para combater desigualdade racial na saúde, faz dez anos. Analisar sua trajetória ajuda a compreender que é preciso continuidade nas políticas ligadas à PNSIPN – além de garantir formação de profissionais e participação social

por Marjorie Chaves, Outra Saúde

Em novembro de 2014, o Ministério da Saúde, por meio da Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa (SGEP), lançou a campanha “Não Fique em Silêncio – Racismo Faz Mal à Saúde”, uma iniciativa pioneira que visava enfrentar o racismo no Sistema Único de Saúde (SUS). A campanha surgiu no contexto da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN), que, desde sua criação em 2009, busca combater as desigualdades raciais no acesso e na qualidade dos serviços de saúde. O objetivo da campanha era sensibilizar tanto profissionais de saúde quanto usuárias/os para os impactos negativos do racismo no acesso aos serviços e na qualidade do atendimento, além de incentivar a denúncia de discriminação racial. (mais…)

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