O Brasil deve desmantelar o racismo sistêmico persistente, diz Relatora Especial da ONU

O Brasil precisa desmantelar o racismo sistêmico persistente, disse nesta sexta-feira (16) a Relatora Especial sobre formas contemporâneas de racismo, Ashwini K.P., solicitando ações ousadas e transformadoras para enfrentar a questão

ONU no Brasil

“Pessoas afrodescendentes, povos Indígenas, comunidades Quilombolas, pessoas Romani e outros grupos étnicos e raciais marginalizados no Brasil continuam vivenciando manifestações multifacetadas, profundamente interconectadas e difundidas de racismo sistêmico, como legados do colonialismo e escravização”, disse a Relatora Especial, durante coletiva de imprensa, após uma visita de 12 dias ao país. (mais…)

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Para um diálogo entre a luta antirracista e o colorismo

É fundamental reconhecer que a cor da pele impacta na vida das pessoas: quanto mais escuras, mais subalternizadas. Mas o movimento negro não pode perder seu foco: unidade dos pretos, pardos e seus aliados contra os racismo e a supremacia branca

por Edilza Sotero e Gladys Mitchell-Walthour, em Outras Palavras

“A menos que a questão do colorismo – em minha definição, tratamento preconceituoso ou preferencial de pessoas da mesma raça baseado exclusivamente na cor – seja abordada em nossas comunidades e definitivamente em nossas ‘irmandades’ negras, não podemos, como povo, progredir. Pois o colorismo, assim como o colonialismo, o sexismo e o racismo, nos impede.”
Alice WalkerEm busca dos jardins de nossas mães (2021)

A formulação do conceito de colorismo, como usado contemporaneamente, é atribuída à escritora estadunidense Alice Walker, em seu livro Em busca dos jardins de nossas mães: Prosa mulherista, publicado em língua inglesa há pouco mais de 40 anos. Para a autora, colorismo se refere à noção de que a cor da pele de uma pessoa é um indicativo de seu valor social, seja estético, seja intelectual, seja de outra natureza. Seguindo essa noção, aqueles com pele mais clara tendem a ser vistos como superiores aos de pele mais escura, mesmo pertencendo ao mesmo grupo racial. (mais…)

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Olimpíadas, estética e política. Por Mauro Luis Iasi

Se os que se dizem revolucionários não conseguem ver beleza em Bias, Anas, Dudas, Rebecas, Simones, Izaquias, Valdenices, Pios e tantos outros e outras… bom, a revolução está morta por dentro.

No Blog da Boitempo

Os melhores fascistas obedecem em silêncio e trabalham com disciplina.
Nós dizemos: primeiro os deveres, depois os direitos.”
Benito Mussolini

Adoro Olimpíadas, aguardo ansioso por quatro anos, assisto tudo que posso, torço e me emociono. Mesmo sabendo de todas as suas determinações na era do capital, da mercantilização e do fetiche. Gostar dos jogos não implica que, como todo chato, você resista a fazer análises e considerações. (mais…)

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Para parar o genocídio de um século na Palestina, devemos erradicar a fonte de toda a violência: o sionismo. Por Ilan Pappé

No Rebelión

«Quando nos rebelamos, não é por causa de uma cultura específica. “Nós nos rebelamos simplesmente porque, por muitas razões, não conseguimos mais respirar”, disse Franz Fanon.

Desde a Nakba de 1948, e possivelmente antes, a Palestina nunca viu níveis de violência tão elevados como os vividos desde 7 de Outubro de 2023. Mas a forma como esta violência está a ser situada, tratada e julgada precisa de ser abordada. (mais…)

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Violência matou mais de 15 mil jovens no Brasil nos últimos 3 anos

Maioria das vítimas era negra, homem e tinha de 15 a 19 anos

Por Bruno de Freitas Moura – Repórter da Agência Brasil

Nos últimos três anos, mais de 15 mil crianças e adolescentes até 19 anos foram mortos no Brasil de forma violenta. Nesse período, cresceu a proporção de mortes causadas por intervenção policial. As constatações fazem parte da segunda edição do relatório Panorama da Violência Letal e Sexual contra Crianças e Adolescentes no Brasil, divulgado nesta terça-feira (13) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). (mais…)

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É exatamente assim que se parece um genocídio. Entrevista com Amos Goldberg

O historiador israelense Amos Goldberg tem sido um crítico de primeira hora da guerra de Israel em Gaza, que ele chama de genocídio. Em uma entrevista exclusiva, ele contou à Jacobin por que o termo se aplica — e por que a comunidade internacional precisa acordar para essa realidade e reagir imediatamente.

Por Elias Feroz, Jacobin

Mais de nove meses desde que os ataques do Hamas em 7 de outubro massacraram mais de mil israelenses, ainda não há uma perspectiva de resolução do conflito na Palestina. A guerra de Israel em nome da eliminação física do Hamas reduziu grande parte da Faixa de Gaza a escombros e matou dezenas de milhares de pessoas, em sua grande maioria civis. Mesmo que a guerra terminasse amanhã, a maior parte de Gaza ficaria inabitável por anos. (mais…)

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