Atingidos por granizo no Rio Grande do Sul pressionam por soluções

Assembleia regional dos atingidos do Alto Uruguai (RS) une campo e cidade na luta por reparação

por Grasiele Berticelli / MAB

Na tarde de ontem (15) foi realizada, em Erechim, uma assembleia com participação de atingidos das áreas urbanas e rurais dos municípios da região Alto Uruguai, no Rio Grande do Sul, que ainda sofrem com a destruição causada pela chuva de granizo do dia 23 de novembro. O encontro foi organizado pelo Sindicato Unificado dos Trabalhadores na Agricultura Familiar do Alto Uruguai (SUTRAF-AU) e pelo Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB). (mais…)

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Ameaçada de desertificação, Caatinga terá área recuperada

Plano lançado pelo governo visa atenuar efeitos da seca no país

Fabíola Sinimbú – Repórter da Agência Brasil

Importante sumidouro de gás carbônico e com enorme capacidade de infiltrar água no solo e garantir a recarga de aquíferos no semiárido brasileiro, a Caatinga é o bioma mais ameaçado pela desertificação. A recuperação de 10 milhões de hectares de terras degradadas do bioma é uma das principais metas Plano de Ação Brasileiro de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca (PAB-Brasil), lançado na terça-feira (16), em Brasília. (mais…)

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Dias quentes em Belém: Território de resistência e o legado político e simbólico da COP 30

Entre o calor extremo e a insurgência dos povos, o que Belém ensinou ao mundo sobre futuro climático

por Rodrigo Correia*, Para ‘adiar o fim do mundo’ | Vozes da terra na COP30, em Le Monde Diplomatique Brasil

Uma coisa é certa: a COP em Belém esquentou – e literalmente. Mas não falo aqui apenas da recepção pulsante e acalorada dos paraenses, sempre prontos a abrir as portas da cidade com alegria e hospitalidade. Refiro-me ao calor extremo que marcou os dias do evento. Se o mundo inteiro não sentiu, nós sentimos: as altas temperaturas transformaram cada deslocamento, cada caminhada entre pavilhões e cada debate ao ar livre em uma lembrança física da crise climática. Era como se a cidade gritasse junto com os povos da Amazônia aquilo que já sabemos, mas insistimos coletivamente em adiar: a crise climática não é uma abstração e nem uma coisa do futuro, ele é real e já está acontecendo. (mais…)

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Questão florestal na Amazônia: antecedentes e atualizações sobre a PEMFCF

A construção da Política de Manejo Florestal de Base Comunitária e Familiar (PEMFCF) no Pará começou oficialmente em 2012, coordenada pelo Ideflor-Bio, IEB e MPE, buscando a conformidade com a Convenção nº 169 da OIT que exige consulta prévia às comunidades tradicionais. Apesar do envolvimento de 60 instituições e da realização de oficinas em seis regiões, o processo tem sido caracterizado pela morosidade, visto que a primeira minuta data de 2013

Por Rogério Almeida, da Amazônia Real

Santarém (PA) – Oficialmente a caminhada pela construção do projeto no estado do Pará iniciou em junho de 2012, sob a coordenação do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (IDEFLOR-Bio), em parceria com o Instituto de Educação do Brasil (IEB), e acompanhamento do Ministério Público do Estado (MPE). A presença do MPE se explica com vistas a atender às normas da Convenção de nº 169, da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da qual o Brasil é signatário. (mais…)

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A América Latina diante da ameaça Trump. Por Jeffrey Sachs

Análise da nova Estratégia de Segurança Nacional da Casa Branca. Enfraquecidos, EUA renunciam a dirigir instituições globais. Querem controlar o antigo “quintal”. Agressão à Venezuela pode ser só o começo. Brasil precisa estar atento

Por Jeffrey Sachs | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras

A Estratégia de Segurança Nacional (ESN) de 2025, recentemente divulgada pelo presidente Donald Trump, apresenta-se como um projeto para o renovado fortalecimento da América. Ela é perigosamente equivocada de quatro maneiras. (mais…)

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Europa: ódio, racismo e lucro das plataformas

Entregadores são o alvo. Brasileiro é atacado e imigrante assassinado em Lisboa. Casos não são isolados. Máxima exploração depende de pessoas descartáveis – e alvo de ódio. Greve em Portugal enfrenta “pacote de desmontes” que pode piorar tudo

Por Nirsan Dambrós, em Outras Palavras

Os recentes ataques violentos contra entregadores por plataformas digitais – o assassinato de Mohamed Shamim Bhai em Lisboa e a tentativa de homicídio contra André Oliveira em Dublin, ambos com suas bicicletas roubadas – não constituem episódios aleatórios da barbárie social. Eles representam a expressão fenomênica mais aguda de uma contradição estrutural do capitalismo contemporâneo europeu: sua dependência material da superexploração de uma força de trabalho racializada e precarizada, concomitantemente à produção ideológica dessa mesma força como descartável e vulnerável. Este processo é a síntese de fatores históricos e estruturais, interligados e incorporados socialmente: a inovação tecnológica a serviço da subsunção real do trabalho[i], a função histórica do racismo como divisão da classe trabalhadora e a operação concertada de aparelhos estatais e privados para naturalizar essa violência. (mais…)

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