Influência das línguas africanas no português brasileiro é alvo de estigmas

Com racismo linguístico em nível institucional, especialistas explicam que uma forma de reverter esse preconceito é através de debates

por Davi Caldas*, no Jornal GGN

A influência de línguas africanas na língua portuguesa brasileira recebeu o nome de pretoguês e gera, até hoje, diversos estigmas e preconceitos. De acordo com Sheila Perina, doutoranda pela Faculdade de Educação (FE) da Universidade de São Paulo, em cotutela com a Universidade Pedagógica de Maputo, da África, o termo tem origem colonial, e surgiu para indicar uma maneira pejorativa de classificar o português falado pelos negros nas ex-colônias, indicando que o modo de falar dos africanos e de seus descendentes não poderia ser considerado português legítimo. (mais…)

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25 de Julho: reflexões sobre o papel da mulher negra na redemocratização do Brasil

Na Abrasco

Neste dia 25 de Julho, dia da Mulher Negra, Latino-americana e Caribenha, confira as reflexões de integrantes do GT Racismo e Saúde da Abrasco sobre as contribuições de mulheres racializadas no campo da Saúde Coletiva:

As mulheres negras desempenharam um papel crucial no processo de democratização social no Brasil, especialmente na reformulação da perspectiva sobre saúde, na composição do Sistema Único de Saúde (SUS) e na análise do racismo como fenômeno da determinação social da saúde. Esse movimento resultou na criação de um contra-discurso para denunciar o silenciamento presente em diversas esferas de opressão, além do gênero, que as mulheres racializadas enfrentam diariamente. (mais…)

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Caso Beto Freitas: TJRS desconsidera motivo torpe em assassinato cometido no Carrefour

Ministério Público analisa recorrer da decisão; crime ocorreu em novembro de 2020

No Sul21

O Ministério Público do RS analisa recorrer da decisão do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) que afastou a qualificadora do motivo torpe do assassinato de João Alberto Silveira Freitas. A morte ocorreu no estacionamento do supermercado Carrefour, na zona norte da Capital, em novembro de 2020. A ação penal tramita no 2º Juizado da 2ª Vara do Júri do Foro Central da Comarca da Capital. (mais…)

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Após aprovar apenas brancos em concurso para professor negro, UFMG vai refazer etapa do certame

Em comunicado, universidade reconhece que, durante a seleção, “não foram observados” itens previstos no edital

Por Gabriel Rezende, em O Tempo

Após aprovar apenas candidatos brancos em um concurso cujo edital citava “vaga reservada” para negros, a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai refazer a segunda etapa do processo, em que ocorreu a desclassificação dos candidatos negros. A seleção visa ao preenchimento de uma vaga para professor adjunto para o Departamento de Fisiologia e Biofísica (ICB/UFMG). (mais…)

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MPF realiza evento para discutir violências contra a população negra

O evento “Por que precisamos falar de genocídio negro?” acontecerá no dia 17 de julho, na sede do MPF no RJ, e será aberto ao público

Procuradoria da República no Rio de Janeiro

Como parte dos eventos que ocorrem no chamado Julho Negro, iniciativa que busca denunciar o racismo e violações de direitos humanos contra a população negra em todo o mundo, o Ministério Público Federal (MPF) realizará o seminário “Por que precisamos falar de genocídio negro”. Aberto ao público, o evento será realizado em parceria com a Iniciativa Direito à Memória e Justiça Racial, no próximo dia 17 de julho, às 13h30, no auditório da Procuradoria da República no Estado do Rio de Janeiro. (mais…)

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A herança colonial e escravocrata constitui o racismo no Brasil. Entrevista especial com Berenice Bento

Para a pesquisadora, “a questão racial e negra é estrutural e estruturante do Brasil. O que somos passa por aí e não poderia ser diferente, pois não estamos falando de uma experiência histórica que durou 40 anos, mas de uma experiência que durou quase 400 anos”

Por: Patricia Fachin, em IHU

Entre os séculos XVI e XIX chegaram cerca de sete milhões de africanos escravizados traficados pelos portugueses. Essa matriz africana está no cerne da construção da sociedade brasileira, mas também no racismo estrutural que se forjou o país. Esta pauta foi muitas vezes apagada e esquecida pela ciência, que “não está acima das classes, das raças e dos gêneros”, coloca Berenice Bento. E foi a partir da “demanda pela presença e pela visibilidade do pensamento negro” nas universidades que a professora se debruçou nos últimos seis anos a uma vasta pesquisa histórica que culminou no livro Abjeção: a construção histórica do racismo (Cult Editora: 2024). (mais…)

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