Cooperativas da Reforma Agrária criam plataforma para investimentos na agricultura familiar

Investidores podem aportar valores a partir de 100 reais, por meio de plataforma construída para fomentar a produção de alimentos saudáveis

Da Página do MST

Finapop (Financiamento Popular para Produção de Alimentos Saudáveis) inicia a primeira oferta para investimentos na plataforma voltada para o perfil pessoa física, com aportes a partir de R$100,00 (cem reais). A plataforma oferece uma oportunidade para que qualquer um possa impactar novos negócios e participar de um movimento com propósito. Os investimentos possuem uma remuneração pré-fixada de 11% ao ano, superior à poupança. (mais…)

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Mapa para livrar o Brasil do Agronegócio

Em contraponto ao modelo agrícola hegemônico, Agroecologia ganha corpo e repercussão. Um primeiro esforço de mapeá-la mostra: há imenso potencial, e interesse do governo. Mas faltam políticas públicas capazes de puxar uma virada

por Ingrid Pena, em Outras Palavras

O Brasil enfrenta uma das mais severas secas de sua história. No final de setembro de 2024, 58% do território nacional estava em situação de seca, e, dentro dessa área, uma parcela significativa sofre com uma escassez hídrica severa. Esta é considerada a maior seca em 73 anos no Pantanal e a mais grave em 40 anos na Amazônia. Além de prejudicar a biodiversidade, a crise hídrica afeta drasticamente o equilíbrio dos ecossistemas e amplia o risco de incêndios florestais, agravando ainda mais a vulnerabilidade ambiental do país. (mais…)

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Fiocruz inicia projeto de saneamento ecológico com curso de formação de agricultores

Aline Rickly e Luiz Pistone do Fórum Itaboraí, na AFN

A Fiocruz iniciou um projeto de saneamento ecológico para promoção da saúde no Brejal, em Petrópolis (RJ). Realizado por meio de edital da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), o projeto é voltado para agricultores familiares orgânicos e agroecológicos com o objetivo de promover melhorias das condições sanitárias e do manejo das águas por meio de soluções baseadas em ferramentas de tecnologia social. A primeira fase do projeto contempla a realização do curso teórico Nos caminhos das águas do Brejal: saneamento ecológico na promoção da saúde. (mais…)

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Na capital da soja, agricultura familiar recebe migalhas e sofre preconceito do agro

Cidade que mais lucrou com venda de soja nos últimos 5 anos destina a pequenos agricultores meros 0,2% do que arrecada

Por Caio de Freitas | Edição: Thiago Domenici | Fotógrafo: João Canizares, Agência Pública

É difícil encontrar uma cidade que ilustra tão bem a diferença entre o agronegócio e a agricultura familiar como Sorriso (MT), a 400 km da capital Cuiabá, na rota da BR-163. Em 2023, o município foi o que mais lucrou com a produção de soja no Brasil pelo quinto ano seguido, com algo em torno de R$ 8,3 bilhões. A soja produzida no local gera arrecadação de impostos que, somados a outras fontes, renderam R$ 843 milhões em receitas para a prefeitura de Sorriso. Mas, do outro lado, a agricultura familiar recebe migalhas do poder público local: em 2024, a prefeitura destinou cerca de R$ 2 milhões em investimentos para pequenos agricultores, ínfimo 0,2% do valor recolhido em 2023. (mais…)

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Um Sertão saudável com o reuso da água

Após o programa de 1 milhão de cisternas, Articulação do Semiárido propõe os “200 mil sistemas de reuso”. Histórias de Zé Nosso, Zé Lito e Luzia mostram: o tratamento hídrico melhora a produção agrícola e mitiga a insegurança alimentar. Assistência técnica foi essencial

Por Inácio França, no Marco Zero

Durante as duas décadas em que foi dono de uma loja, José Nilton Pereira de Souza, de 57 anos, nunca deixou de sonhar com o dia em que voltaria a morar na roça. Com o tempo, juntou as economias e comprou um sítio de oito hectares com uma casinha mal cuidada na comunidade do Frade, não muito longe do Riacho Seco, distrito do município de Curacá, no sertão do São Francisco, onde vivia e trabalhava em sua revenda de peças de motos. (mais…)

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Reforma Agrária: Pobre retomada na redemocratização

De Sarney a Lula III, programa sequer arranhou a concentração de terras no campo: só partilhou áreas da União. O orçamento é mínimo. Faltam dados. Muitos assentamentos estão irregulares. E, sem apoio, há êxodo rural. Como reverter este quadro?

por Jean Marc von der Weid, em Outras Palavras

As condições em que se faz a reforma agrária no Brasil

O elemento central da análise é a constatação de que a correlação de forças entre os donos da terra e os que aspiram por ela sempre foi negativa para estes últimos. Os grandes proprietários de terra no Brasil foram por muitos séculos o eixo central das classes dominantes, controlando, junto com a propriedade de escravizados, os principais meios de produção e os poderes político, administrativo e judiciário. Mesmo quando o desenvolvimento econômico trouxe outros atores para compor a elite econômica, os latifundiários formaram relações com os setores industrial, comercial e financeiro e nunca perderam o protagonismo. Isto nunca foi tão visível como no momento presente, quando o Congresso tem uma forte maioria de parlamentares relacionados como “bancada ruralista”, de longe a mais importante na Câmara e no Senado. (mais…)

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Reforma Agrária, futuro inescapável

No país com maior concentração de terras do planeta, a direita a rechaça e a esquerda a subestima. Mas ela será cada vez mais indispensável – para superar o passado colonial do país e alimentar a sociedade, num futuro de crise climática

por Jean Marc von der Weid, em Outras Palavras

A questão agrária no Brasil parece ter saído das preocupações da sociedade, dos políticos e dos poderes executivos. Os conflitos continuam entre sem-terra e latifundiários ou grileiros em várias regiões, em particular no que se convencionou chamar de nova fronteira agrícola, na Amazônia, no Cerrado e no Pantanal. Mas a tradicional violência dos ruralistas se faz sentir em todo o país, em qualquer lugar em que se manifestem os despossuídos. As incessantes pesquisas e denúncias da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mantêm o registro dos assassinatos de lideranças (camponeses, indígenas, quilombolas) além de técnicos ou elementos de apoio aos sem-terra. Também registram as expulsões de assentados e acampados, a destruição de lares e de cultivos, a destruição de infraestruturas sociais como escolas e postos de saúde. Apesar dos números não terem diminuído ao longo do tempo, a repercussão da violência foi ficando diluída no mundo urbano, onde outras formas e objetos de violência ocupam o noticiário. (mais…)

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