Um estudo em profundidade sobre as ações do MST, ao longo das décadas. À luta pela terra, somou-se outra: a busca de alternativas aos circuitos de comercialização. Mais e melhores mercados, com cooperativas e políticas públicas de compra de alimentos são fundamentais
por André Luiz de Souza, em Outras Palavras
A formação histórica do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) representa as lutas travadas no processo das desigualdades sociais e econômicas no mundo do rural brasileiro. Ela se insere dentro das contradições do que foi chamado de modernização conservadora (STEDILE; FERNANDES, 2012). A modernização conservadora da agricultura aperfeiçoou as tecnologias e reforçou a concentração da propriedade (GRAZIANO, 1982), engendrando um processo de intenso êxodo rural do campo brasileiro. A contradição da modernização conservadora, no que tange à questão agrária brasileira, fez emergir o MST, com o propósito de frear esse projeto de desenvolvimento desigual para o campo. “Somos frutos de muitas reflexões. Somos frutos da teorização de muitas experiências de lutas que nos antecederam, dos movimentos camponeses do Brasil ou de movimentos camponeses da América Latina” (SANTOS, 2004, p. 119). (mais…)
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