Vigia Mais MT: Ataque no Dia da Mulher expõe falha de sistema de vigilância estadual

Solução contra crimes anunciada pelo governador Mauro Mendes, Vigia Mais MT não identificou agressores em reduto do agro

Por Caio de Freitas | Edição: Ed Wanderley, Agência Pública

Desde 2022, o governo de Mato Grosso divulga como um caso de sucesso no combate ao crime o sistema Vigia Mais MT, que, criado pela gestão Mauro Mendes (União), lhe permite fazer um monitoramento massivo da população. Ocorrido à luz do dia numa das principais vias de Sinop (MT), a 500 km de Cuiabá, em um dos pontos monitorados por meio do sistema de vigilância do governo, um ataque a bomba contra crianças, idosos e mulheres no Dia Internacional da Mulher segue sem solução, nem identificação dos autores. Apesar de não ter deixado feridos graves, o ataque foi carregado de simbolismo e põe em dúvida a efetividade do sistema alardeado pelo governo estadual como “referência para outros estados da Amazônia Legal”. (mais…)

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Especialistas apontam falhas em estudos da Ferrogrão e alertam para riscos e impactos a povos tradicionais

Terra de Direitos

O projeto da ferrovia EF – 170, conhecida como Ferrogrão, ganhou mais um capítulo. Especialistas lançaram nesta quinta-feira (20), na Universidade Federal do Oeste do Pará, em Santarém, estudo técnico independente que aponta as inconsistências e os altos riscos de impactos socioambientais da construção da linha férrea que prevê criar um corredor logístico para escoamento da produção graneleira de Sinop (MT) até os portos em Miritituba (PA). Coordenado pelo Grupo de Trabalho Infraestrutura e Justiça Socioambiental (GT Infra), o parecer técnico contou com diversos especialistas, entre eles as assessoras jurídicas da Terra de Direitos, Suzany Brasil e Bruna Balbi. (mais…)

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“Se a gente quer construir territórios livres de transgênicos e agrotóxicos, nós também queremos territórios livres de violência contra as mulheres”. Entrevista com Miriam Nobre

Cátia Guimarães, EPSJV/Fiocruz

Violência, dupla jornada, desvalorização do trabalho, falta de acesso a políticas de apoio ao cuidado, silenciamentos. A esses problemas, que afetam a maioria das mulheres, acrescentem-se dificuldades extras, como a disputa pela terra, a exposição à contaminação por venenos e a exclusão dos padrões de beleza impostos pela sociedade patriarcal: eis um retrato mais completo das condições de opressão que atingem as mulheres camponesas no Brasil. A resposta a esse cenário vem sendo produzida com uma crescente organização coletiva, que há décadas tem conquistado espaço no interior dos movimentos sociais rurais e incidido sobre as formas de vida no campo e sobre as políticas públicas. Nesta entrevista, a engenheira agrônoma Miriam Nobre, militante da Sempreviva Organização Feminista (SOF) e da Marcha Mundial das Mulheres e integrante do Grupo de Trabalho de Mulheres da Articulação Nacional de Agroecologia (ANA), dá exemplos de reflexões e pautas que têm orientado a concepção de um “feminismo camponês popular”, destaca a luta das mulheres para terem seus conhecimentos e suas práticas de agricultoras reconhecidas e fala sobre a relação das mulheres com a agroecologia. (mais…)

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Ontologias amazônicas: 8 mil anos de história das sociedades contra o Estado. Entrevista especial com Eduardo Góes Neves

Trabalho arqueológico do professor e pesquisador contabiliza uma trajetória de mais de três décadas reunindo artefatos e evidências científicas para contar a história dos povos amazônicos

Por: Baleia Comunicação | IHU

A anedota popular ensina que a única coisa que muda o tempo todo é o passado. E como a história está sempre por ser contada, nada melhor que olhar as evidências pretéritas para compreendermos o nosso presente. Isso passa por recolocar os conceitos em seus devidos lugares. Por exemplo, a antinomia selvagem e civilizado, para ficar em expressões descritivas coloniais sobre os povos nativos do Brasil, já vem de longe sendo reconfigurada. Quando se reúne a etnologia castreana, de que sociedades sem Estado podem ser altamente sofisticadas, com estudos e artefatos arqueológicos de grande envergadura na Amazônia brasileira, percebemos que nossa história tem par, por exemplo, com a Antiguidade ocidental. (mais…)

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Jornada das Mulheres Sem Terra denuncia violências do Agro e propõe alternativa à crise ambiental

“Agronegócio é violência e crime ambiental; a luta das mulheres é contra o capital!”, entoam as camponesas por todo o país, entre 11 a 14 de março

Da Página do MST

Em continuidade às ações de mobilização e lutas do 8 de março por todo o país, este ano as mulheres Sem Terra realizam sua Jornada Nacional de Lutas de 2025, com o lema ”Agronegócio é violência e crime ambiental; a luta das mulheres é contra o capital!”. As atividades ocorrem entre os dias 11 a 14 de março, em todas regiões do país, período em que serão apresentadas à sociedade as principais bandeiras de lutas e demandas das mulheres do Campo, das Águas e das Florestas. (mais…)

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Organizações denunciam para ONU a dificuldade de acesso à justiça nos casos de contaminação por agrotóxicos

Em informe para relator sobre substâncias tóxicas, organizações do Brasil, Argentina e Alemanha destacam recentes medidas de flexibilização legal.

Terra de Direitos

Os obstáculos para acesso à justiça nos casos de contaminação por agrotóxicos, especialmente de grupos mais vulneráveis, foi objeto de denúncia realizada, no dia 04 de março, por organizações sociais do Brasil, Argentina e Alemanha ao Relator especial sobre Substâncias Tóxicas, Marcos Orellana, da Organização das Nações Unidas (ONU). O objetivo do envio de informações para o relator especial é contribuir com o relatório temático a ser apresentado neste ano por Orellana ao Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. (mais…)

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Como superar o Brasil da comida cara e envenenada

Liberação de novos venenos e recursos públicos para o “agro” bate recorde. E corporações transnacionais de insumos agrícolas quase não pagam impostos no país. Enfrentar esta lógica predatória, que se reflete na alta dos preços dos alimentos, passa pela agroecologia

por Suzana Prizendt, em Outras Palavras

Responda uma pergunta simples, se você pudesse escolher, compraria comida barata, mas cheia de agrotóxicos, ou comida cara, mas livre de venenos? Infelizmente, talvez nenhuma das duas opções seja viável para boa parte da população do país. Sim – embora a inflação de janeiro de 2025 tenha desacelerado fortemente -, podemos caminhar para uma única possibilidade, caso sigamos no curso agroalimentar insustentável atual: ter nos mercados e feiras somente alimentos com preços “salgados” e que vêm “temperados” com resíduos de substâncias tóxicas variadas. É preciso entender o que está nos levando a esse cenário, para darmos um cavalo de pau e seguirmos em outra direção, enquanto há tempo. (mais…)

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