Por CPT Piauí
Na tarde do último domingo (15), Carlos Rone Salgim ameaçou de morte o Sr. Juarez Celestino, liderança no território Melancias, município de Gilbués, no Piauí. (mais…)
Jornalista, fundador do site Ópera Mundi, é judeu e faz duras críticas ao “Estado colonial de Israel” e ao “genocídio” contra o povo palestino na Faixa de Gaza
Por Julinho Bittencourt, Revista Forum
O jornalista Breno Altman, fundador do site Ópera Mundi, foi alvo de ameaças que circularam no grupo de WhatsApp chamado “Jew Politics”, formado por 299 integrantes de comunidades sionistas no Brasil. (mais…)
Camponesa paraense está marcada para morrer. Denunciou crimes dos ruralistas e passou 10 anos sob escolta policial. A ameaça persiste. Hoje, ela expõe o “apagão” de políticas pública e as novas artimanhas do capital para intimidar lideranças
por Rôney Rodrigues, em Outras Palavras
Dona Maria Ivete Bastos dos Santos, 56 anos, está jurada de morte. (mais…)
Testemunhas relatam cotidiano de medo e ameaças em nova fronteira da pecuária, na região do baixo Rio Madeira
Por Clarissa Levy, Avener Prado, Agência Pública
“Comigo não vale isso de documento, não. Eu não abro mão dessa área. Vai ser minha” é o que o agricultor João de Mendonça relata ter ouvido do deputado federal José Eurípedes Clemente (UNIÃO-RO), o Lebrão, quando o chamou para conversar em sua casa, em setembro de 2022. Há mais de 30 anos vivendo da plantação de melancia e mandioca nas margens do Rio Machado, João estava preocupado quando falou com a Agência Pública, em abril deste ano. (mais…)
Entidades pedem ao governo proteção ao jornalismo na Amazônia, após anos de destruição da política ambiental sob Bolsonaro
Por Redação RBA*
Faz um ano do assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira. Por conta da data, organizações da sociedade civil fizeram hoje (5) um apelo pela responsabilização dos envolvidos no crime. Além disso, defenderam medidas de proteção aos jornalistas, indígenas e defensores de direitos humanos que atuam na região amazônica. O pedido foi feito durante um evento realizado nesta segunda-feira no Instituto Vladimir Herzog. (mais…)
Decisão impede 19 fazendas de desmatarem num “dos casos mais graves de grilagem registrado” no Estado, segundo PGE
Por Caio de Freitas Paes, Agência Pública
Pequenos agricultores e vaqueiros do extremo oeste da Bahia resistem, desde os anos 1980, à invasão do agronegócio em suas terras, resquícios do Cerrado em plena fronteira da soja no país. No último dia três de maio a Justiça deu uma vitória aos povos geraizeiros na disputa. A vara estadual em Correntina (BA), a 850 km de Salvador, bloqueou os registros de 19 fazendas que invadem o fecho de pasto do Capão do Modesto, área de 11 mil hectares onde famílias do campo vivem, coletivamente, há mais de 200 anos. Para a Procuradoria-Geral do Estado (PGE) da Bahia, se trata de “um dos casos mais graves de grilagem registrado na Bahia”. (mais…)
Casas que alagam, insegurança alimentar, falta de atendimento à saúde e nenhuma perspectiva de futuro – essa é a rotina das pessoas que protegem a Amazônia de inimigos poderosos. Ameaçadas de morte e sem a cobertura efetiva dos programas oficiais de proteção, elas vivem em situação de absoluta indignidade
por CATARINA BARBOSA e TALITA BEDINELLI, em Sumaúma
Osvalinda Alves Pereira vive a um décimo de segundo da morte. Seu coração de 55 anos, adoecido por uma patologia agravada por sua luta pela floresta em pé, às vezes para de bater por um tempo. Ela congela. Bota a mão no peito. Ouviu dos médicos, ao entrar na fila do marca-passo, que um décimo de segundo a mais sem pulsar poderia ser fatal. A mulher de estatura baixa, grandes olhos verdes como a floresta que protege e mãos engrossadas pelo trabalho de uma vida na lavoura, faz parte de uma das 70 famílias do Projeto de Assentamento Areia II, criado em 1998 no município de Trairão, no sudoeste do Pará. Fez-se defensora do meio ambiente e do direito à terra no estado onde mais se mata no campo, em uma das áreas mais perigosas para defender qualquer direito no Brasil. Por uma década, escutou ameaças de homens que queriam saquear a floresta em que vive. Até que um dia, em 2018, ela acordou, foi até a lavoura colher maracujás com seu companheiro e encontrou dois buracos no chão. Eram covas abertas, com duas cruzes fincadas e dois nomes escritos: o dela e o dele. Osvalinda congelou. Botou a mão no peito. Quem os ameaçava certamente os observava e poderia matá-los ali, num décimo de segundo. (mais…)