Especulação imobiliária e racismo estão entre as motivações de crime na Bahia

Assassinato a tiros de líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, na Bahia, causa indignação no país e no exterior. ONU emite nota pedindo investigação célere, imparcial e transparente

Por Mayara Souto, no Correio Braziliense

A morte de Maria Bernadete Pacífico, 72 anos, líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, em Simões Filho (BA), alerta para especulação imobiliária de terreiros de religiões de matriz africana, como candomblé e umbanda. O caso, que ocorreu na última quinta-feira, gerou comoção dentro e fora do país e, segundo lideranças, a intolerância religiosa e o racismo são pano de fundo. (mais…)

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Conaq repudia o assassinato da Coordenadora Nacional Bernadete Pacífico

CONAQ

“É com profundo pesar que lamentamos o falecimento de Maria Bernadete Pacífico, a popular Mãe Bernadete, como era carinhosamente conhecida por todas as pessoas. Mãe Bernadete era Coordenadora Nacional da CONAQ e liderança quilombola do Quilombo Pitanga dos Palmares, localizada no município de Simões Filho, estado da Bahia. Sua dedicação incansável à preservação da cultura, da espiritualidade e da história de seu povo será sempre lembrada por nós. Nos apoiaremos no seu exemplo e no seu legado na luta por justiça. Nossos sentimentos estão com o Quilombo Pitanga dos Palmares, com suas amigas e amigos, e com sua família, da qual fazemos parte enquanto quilombolas. Sua ausência será profundamente sentida. Seu espírito inspirador, sua história de vida, suas palavras de guia continuarão a orientar-nos e às gerações futuras. (mais…)

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Acordo inédito entre Brasil e OEA protege indígenas do Vale do Javari, onde Dom e Bruno foram mortos

Cooperação internacional beneficiará 11 pessoas sob ameaça; “esperamos efetividade”, diz procurador da Univaja

Por Murilo Pajolla, no Brasil de Fato

Em uma decisão inédita, a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH), ligada à Organização dos Estados Americanos (OEA), criou uma mesa de trabalho para acompanhar a implementação de medidas que protejam a vida de defensores de direitos humanos no Vale do Javari (AM), onde foram assassinados há um ano o jornalista britânico Dom Phillips e o indigenista Bruno Pereira. (mais…)

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GeografAR / UFBA: Nota de Profundo Pesar e Indignação pelo assassinato da liderança quilombola e Ialorixá Maria Bernadete Pacífico

A Rede de Pesquisa GeografAR, manifesta seu mais profundo pesar pelo assassinato da liderança quilombola e Ialorixá Maria Bernadete Pacífico, conhecida como Mãe Bernadete, da comunidade quilombola de Pitanga dos Palmares, em Simões Filho, Bahia. Mãe Bernadete foi executada em seu terreiro, em Simões Filho, na noite de ontem, 17 de agosto.

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Bernadete Pacífico, liderança quilombola da Bahia, é assassinada

Segundo a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, terreiro onde liderança estava foi invadido por criminosos, na região de Salvador. Filho dela também foi assassinado há 6 anos.

Por Wesley Bischoff, g1

Bernadete Pacífico, de 72 anos, liderança quilombola baiana e coordenadora da Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq), foi assassinada a tiros dentro da associação do Quilombo Pitanga dos Palmares, na noite desta quinta-feira (17).

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Por que estão matando os indígenas Guajajara

Indígenas são alvo de madeireiros e pistoleiros há décadas; pela primeira vez, três desses crimes podem ser julgados

Por Marina Amaral, Agência Pública

Adriano Guajajara viveu os últimos 104 anos da epopeia dos Tenetehara — como os Guajajara se autodenominam —, que há milhares de anos habitam a região em torno da bacia do Pindaré, no Maranhão. “O primeiro registro do povo Tenetehara é de 1602”, diz o antropólogo Carlos Travassos, destacando a história de resistência da etnia mais populosa do Nordeste, com cerca de 20 mil habitantes em dez Terras Indígenas (TIs). “Os Tenetehara convivem há todo esse tempo com os não indígenas, passaram pelas missões dos capuchinhos, pelos deslocamentos do Serviço de Proteção ao Índio e depois da Funai, pelos projetos da mineradora Vale, por construção de estradas, invasões de fazendeiros, madeireiros, traficantes, e a grande maioria — quase todos —continua a falar a língua, a maior parte da população vive nas aldeias, mas ainda há muita luta pelo território”, explica Travassos, que trabalhou quatro anos com os Guardiões da Floresta de Araribóia, grupo indígena que há mais de dez anos atua na vigilância da TI. (mais…)

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