Belém: na sede da COP30, falta água e saneamento em bairros de maioria negra

Acesso à saneamento, fundamental para adaptação climática, é concentrado onde vivem mais pessoas brancas

Por Adriana Amâncio, Alice Martins Morais, Áthila Galindo | Edição: Bruno Fonseca, Agência Pública

Moradora do bairro São João do Outeiro, no norte de Belém, a bibliotecária Rosilda Santana, 60 anos, conta que, em três décadas que mora ali, nunca teve água de forma regular na torneira. “Chega água dois dias na semana, ninguém sabe a hora, ninguém sabe o dia”, explica. Ela conta que já foi preciso buscar de uma caixa d’água grande no meio da rua, abastecida com carro pipa. (mais…)

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Rede de Defensores de Direitos Humanos realiza imersão com lideranças comunitárias do Rio

Nathalia Mendonça, Cooperação Social da Fiocruz

Coordenado pela Cooperação Social da Fiocruz, o projeto Rede de Defensores de Direitos Humanos no Estado do Rio de Janeiro promoveu (26/10) um final de semana de imersão em Paty do Alferes (RJ) com encontro das lideranças comunitárias das três turmas de defensoras e defensores populares. Os coordenadores do projeto e representantes da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro também participaram do evento. (mais…)

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Cartografia aborda violações em territórios populares do Rio de Janeiro

Nathalia Mendonça, na AFN

Mapear dados e narrativas das periferias é uma estratégia encontrada por diversos grupos sociais para construção de diagnósticos, produção de memória e para valorização de culturas. Com o objetivo de denunciar violações de direitos e fortalecer espaços de resistência, o projeto Rede de Defensores de Direitos Humanos do Estado do Rio de Janeiro, coordenado pela Cooperação Social da Fiocruz, lançou a cartografia Saúde e Defesa de Direitos, sobre os territórios populares do Rio de Janeiro. A cartografia está disponível gratuitamente. (mais…)

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ES: Moradores se mobilizam para impedir ‘penicão’ na entrada de Guriri

Movimento cobra solução após Justiça liberar reativação da ETE Mariricu

Por Mariah Friedrich, Século Diário

“Se falarem, de novo, em fazer a céu aberto, nós vamos parar a pista. Uma, duas, três, quatro vezes…toda vez que feder, a gente vai fechar a pista. Imagina uma sexta-feira no horário de pico, das 17h30 às 19h, a entrada de Guriri fechada?”. A afirmação é do morador Patrick Barbosa Alves, que participa do movimento SOS Guriri, formado por moradores de Guriri Sul e Mariricu, em São Mateus, no norte do Estado. As comunidades serão diretamente impactadas pelo projeto de reativação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Mariricu, no modelo de lagoas abertas que, segundo o grupo, atenderia principalmente o Loteamento Kajuzal, no Bosque da Praia, enquanto a população da ilha ficará com o ônus do mal cheiro, o risco ambiental e a desvalorização. (mais…)

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Privatização de cemitérios em São Paulo expõe racismo religioso a culto de Umbanda

Concessionária tenta impedir evento com recursos na Justiça e perde; racismo religioso é motivação, diz pai de santo

Por Ludmila Pizarro | Edição: Bruno Fonseca, Agência Pública

Meia-noite. “Na encruzilhada, dando a sua gargalhada, Tranca-Ruas apareceu”. Como nesse “ponto cantado” – música tradicional nas giras de Umbanda -, exús e pombagiras caminham pelo cemitério embalados pelo som dos atabaques. (mais…)

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Secretário de Segurança vê risco à soberania em ação de Castro e minimiza carta dos EUA

Mario Sarrubbo, secretário Nacional de Segurança Pública, diz que pedido de governador do Rio abre precedentes perigosos

Por Rafael Custódio | Edição: Ludmila Pizarro, Agência Pública

O secretário nacional de Segurança Pública, Mario Sarrubbo, minimizou a importância da correspondência enviada pelo governo dos Estados Unidos ao secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Victor Santos, em entrevista à Agência Pública nesta quarta-feira (5). Para ele, a carta é reflexo da política de cooperação internacional que o Brasil já exerce. (mais…)

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A chacina como estratégia: A barbárie da extrema-direita e o jogo internacional

O massacre no Rio não foi um mero desvio de segurança, mas um cálculo político da extrema-direita para romper a ordem democrática e interromper a projeção global de um Brasil que se reconectava com o mundo sob a bandeira do diálogo e da justiça climática

Por Carlos R. S. Milani*, A Terra é Redonda

A chacina de 28 de outubro, a mais letal desde a redemocratização, evidenciou uma ruptura com o estado democrático de direito no Brasil e indicou o caminho que pretende trilhar a extrema-direita rumo às eleições de 2026. Internacionalmente, o massacre de criminosos, suspeitos e inocentes – qualificado de “operação de sucesso” pelo governador do Rio de Janeiro, Claudio Castro, e respaldado pelos governadores de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, entre outros – não apenas revelou uma faceta antidemocrática de parcelas importantes da política institucional, da sociedade e da mídia brasileira. Pesquisas de opinião apontam que aproximadamente 57% dos moradores do Rio apoiaram o método, muito embora boa parte não tenha mudado a percepção de insegurança e o sentimento de insatisfação com as políticas públicas nesse setor depois de 28 de outubro. Além disso, o massacre afetou profundamente a imagem do Brasil no exterior às vésperas da COP do clima a ser realizada em Belém, entre os dias 10 e 21 de novembro. (mais…)

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