Por Maíra Menezes (IOC/Fiocruz)
Um artigo recém-publicado confirma cientificamente, pela primeira vez, a contaminação por metais em peixes do estuário do Rio Doce, no Espírito Santo, após o rompimento da barragem da mineradora Samarco em Mariana, Minas Gerais. O desastre, ocorrido em novembro de 2015, provocou o vazamento de, aproximadamente, 43 milhões de m3 de rejeitos de mineração. As análises mostram que, em agosto de 2017, peixes comestíveis coletados na Vila de Regência, localidade do município de Linhares, no Norte do estado, apresentavam níveis de arsênio, cádmio, cromo, cobre, mercúrio, manganês, chumbo, selênio e zinco acima do permitido para consumo humano. Na mesma época, a concentração de cádmio, cromo, chumbo e zinco nos sedimentos do estuário era de dez a 350 vezes maior do que no período anterior ao desastre.
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