TRF1 determina o pagamento de dano moral coletivo no valor de R$ 100 mil à comunidade quilombola do Oiapoque (AP) por violação à consulta prévia

Após ação proposta pelo MPF, o Município foi condenado pela realização de obras no território de comunidade quilombola situada em área considerada patrimônio cultural

Procuradoria Regional da República da 1ª Região

A 11ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) confirmou a sentença que condenou o município de Oiapoque, no Amapá, ao pagamento de dano moral coletivo no valor de R$ 100 mil para a Comunidade Quilombola de Vila Velha do Cassiporé, por ter realizado obras no local sem consulta prévia aos moradores da região. A decisão mantém os termos de ação movida pelo Ministério Público Federal (MPF) para assegurar que indígenas, quilombolas e ribeirinhos participem de decisões sobre obras e empreendimentos que os afetem. (mais…)

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Convenção 169 da OIT sobre povos indígenas é traduzida para a língua do povo kaiapó

Norma internacional, ratificada pelo Brasil em 2004, estabelece o direito de consulta prévia em caso de empreendimentos e políticas públicas que possam afetar povos indígenas e tradicionais

Em solenidade marcada pela tradição e pelo simbolismo dos deveres do Estado com a defesa dos povos indígenas, foi lançada, na noite dessa segunda-feira (11), no Supremo Tribunal Federal, a versão traduzida para a língua indígena Mebêngokrê (Kaiapó) da Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). A iniciativa é uma parceria entre o Ministério Público Federal (MPF), a Suprema Corte e a OIT. O subprocurador-geral da República Humberto Jacques de Medeiros – que representou o procurador-geral da República, Augusto Aras, na solenidade – destacou que a convenção 169 resume para os indígenas o direito de serem ouvidos, de falar com liberdade e de ter os pactos cumpridos, valores classificados por ele como condições para que a “humanidade chegue aonde os seus sonhos querem que ela chegue”. (mais…)

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MPF recomenda suspensão de licença para empreendimento em território quilombola em Bom Jesus da Lapa (BA)

Instalação de complexo para geração de energia solar foi autorizada sem consulta às comunidades tradicionais

Ministério Público Federal na Bahia

O Ministério Público Federal (MPF) recomendou ao município de Bom Jesus da Lapa, na Bahia, a imediata suspensão de licença ambiental concedida à empresa Mini Solares do Brasil para a geração de energia solar em área sobreposta a terras reivindicadas por comunidades quilombolas da região. De acordo com o documento, a medida deve vigorar até que seja assegurada a consulta prévia, livre e informada aos povos tradicionais impactados pelo empreendimento. (mais…)

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Apanhadoras de flores dialogam com poder público pela manutenção das práticas tradicionais na Serra do Cabral

Sobreposição do território por unidade de Conservação tem impedido comunidade de realizar a coleta de flores dentro do território tradicional

José Odeveza, Terra de Direitos

A comunidade de apanhadoras (es) de flores sempre-viva da Serra do Cabral – região que agrupa 16 munícios no centro-norte de Minas Gerais – se reuniram com poder público estadual, neste mês de agosto, em busca de solução para os conflitos territoriais e violações de direitos da comunidade na região. Organizado pela Comissão em Defesa dos Direitos das Comunidades Extrativistas (Codecex) e pela Terra de Direitos, o encontro é analisado pelas lideranças locais como um primeiro passo para a retomada do livre exercício das práticas tradicionais nas áreas do território sobrepostas pelo Parque Estadual da Serra do Cabral – Unidade de Conservação nos municípios de Buenopolis e Joaquim Felício – MG. (mais…)

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Nota: “Vale Tudo” em Terra Indígena, Não!

Na Terra de Direitos

A bancada ruralista tentará votar na tarde desta quarta-feira (23), na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, a proposta que cria o marco temporal para demarcação de territórios indígenas. A medida também é avaliada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tem recebido fortes posicionamentos contrários a proposta pela sociedade civil e instituições do Estado ligadas ao meio ambiente. Em nota, mais de 300 organizações, entre elas a Terra de Direitos, cobram acordo feito com o presidente do Senado Federal, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) de não apressar o debate em um tema que gera tantos impactos para a sociedade brasileira. (mais…)

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Ribeirinhos e MPF contestam licença ambiental de hidrovia do novo PAC no Pará

MPF aponta “erros grosseiros” nos estudos da hidrovia Araguaia-Tocantins aprovados pelo Ibama, que admite “pendências”

Por Caio de Freitas Paes, Agência Pública

Recém-anunciado pelo governo, o novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) já tem uma crise contratada no sudeste do Pará: as obras para construção da hidrovia Araguaia-Tocantins no município de Itupiranga, a mais de 600 km da capital Belém. As gestões de Helder Barbalho (MDB), no Pará, e Wanderlei Barbosa (Republicanos), no Tocantins, têm feito lobby pelo projeto, com capacidade prevista de escoamento de 20 milhões a 60 milhões de toneladas de carga por ano. Objeto de promessas políticas há décadas, a hidrovia ganhou apoio do governo Lula no primeiro semestre, inclusive com endosso do ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França – fato anunciado após uma reunião com o governador do Tocantins no último dia 21 de março. (mais…)

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MPF recebe Protocolo de Consulta Prévia e Consentimento Livre do povo indígena Aikewara, do Pará

Documento elaborado pelos próprios indígenas estabelece como devem ser consultados acerca de iniciativas públicas e privadas que impactem seus modos de vida

Ministério Público Federal no Pará

O Ministério Público Federal (MPF) recebeu o Protocolo Comunitário de Consulta Prévia e Consentimento Livre do povo Aikewara – também conhecido como Suruí do Pará – da Terra Indígena Sororó, localizada no sudeste do Pará. Elaborado pela própria comunidade entre outubro de 2022 e maio de 2023, o documento estabelece que qualquer ação, projeto ou empreendimento, seja ele público ou privado, que cause impacto sobre a vida e o território do povo indígena Aikewara deve passar por um processo de consulta prévia, livre, esclarecida e de boa-fé junto à comunidade. (mais…)

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