Coach — política neofascista e traumaturgia

Um povo que deseja o fascista brand new, o espírito vazio do capitalismo como golpe e como crime, e seu grande líder, a vida pública da política como sonho de um coach

Tales Ab´Sáber, A Terra é Redonda

O coach é a representação limite da financeirização do capital — a sua máxima abstração e pureza, dominando a produção e a guerra global — no âmbito da cultura. Psicólogo definido pelo incremento da produtividade de seu cliente, o coach teve origem na ruína do mundo do trabalho, das profissões e de suas éticas, no mundo da fragmentação e monadizacão do destino do trabalhador, vendedor de qualquer coisa que ninguém quer comprar. (mais…)

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Quem sustenta a Civilização do Plástico

Símbolo do descarte e desperdício que marcam o capitalismo, ele contamina rios, mares, solos e corpos. Redução drástica de seu uso é possível e está em debate num tratado internacional. Adivinhe quem trabalha intensamente para sabotá-lo

Por Jayathi Ghosh | Tradução: Antonio Martins, em Outras Palavras

Não há como negar que os plásticos trouxeram benefícios imensos ao longo do último século, impulsionando a inovação tecnológica, transformando os cuidados com a saúde e alimentando o crescimento econômico global. Mas, como sabemos agora, esse progresso teve um alto custo. (mais…)

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Carta Final do 1º Encontro Internacional de Territórios e Saberes (EITS)

No OTSS

“Só sabe pra onde vai quem sabe de onde vem.” Este verso, vindo do semiárido brasileiro, encontrou aqui em Paraty as vozes indígenas que já nos revelavam que “o futuro é ancestral”. Esse talvez seja o fundo das muitas mensagens que o território nos ensinou. No fundo, as soluções para adiar o fim do mundo já existem nos territórios. Para conhecê-las, é preciso sair dos gabinetes, pisar nas terras onde os saberes tradicionais resistem, preservados. (mais…)

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30º Grito dos Excluídos e Excluídas acontece no próximo 7 de setembro

“Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?” é o lema da atual edição do ato, que acontece tradicionalmente na semana da Pátria

por Coletivo Nacional de Comunicação do MAB

Em 2024, o Grito dos Excluídos e Excluídas celebra 30 anos de existência e resistência. Fruto da 2ª Semana Social Brasileira da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre 1993-1994, o Grito emergiu como espaço de articulação popular por direitos e Vida em Primeiro Lugar e de denúncia das desigualdades históricas, causadas pelo sistema capitalista que exclui, degrada e mata.  A coletiva nacional de imprensa do Grito acontece amanhã, 3 de setembro, a partir das 11h (horário de Brasília), virtualmente, com transmissão ao vivo na página, no canal do Grito e nas mídias de entidades parceiras. (mais…)

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O ócio, o cansaço e a guerra civil. Por Luiz Marques

No Forum21

Robert Louis Stevenson (1850-1894) é o escritor britânico que produz novelas juvenis fascinantes e também ensaios instigantes, como O elogio do ócio. “O que se chama de ócio, que não consiste de não fazer nada, mas de fazer demais do que não seja reconhecido nas descrições dogmáticas das classes dominantes, tem tanto direito de mostrar sua importância quanto o próprio trabalho”. Vale para aqueles românticos que “se recusam a entrar no páreo por dinheiro”. Logo, “implica ao mesmo tempo uma ofensa e um desestímulo às pessoas que entram”. O “americanismo” (a expressão já era utilizada) estigmatiza os que ousam rejeitar as convencionais sociais e a submissão à mais-valia. (mais…)

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A Busca Democrática do Comum na Diversidade: Desafios para a Construção de Contra Hegemonia. Por Cândido Grzybowski

em Sentidos e Rumos

Precisamos ter presente os momentos históricos da própria tomada de consciência e as lutas efetivas contra o bloco político dominante do capitalismo, que conta com o poder de Estado como expressão de sua hegemonia. Não podemos achar que temos hegemonia democrática transformadora. O Lula, atual presidente, que ganhou uma  eleição democrática, com ampla e extremamente heterogênea aliança, diante de um candidato com propostas de extrema direita autoritária, não expressa nossa hegemonia. Ela carrega uma proposta democrática para gerir o capitalismo que temos. A governabilidade possível imediata é nos limites de tal realidade estatal, considerando os três poderes e a nossa Constituição. Evitamos o pior, a destruição da própria democracia. Mas o capitalismo, em sua versão de neoliberalismo globalizado e financeirizado continua sendo o pilar, dentro de limites democráticas, menos destrutivos e excludentes. No jargão jornalístico vivemos o comando do “mercado” ou, de maneira mais emblemática, sob a hegemonia da “Faria Lima” – das entidades empresariais dos diversos setores econômicos, líderes dos 1% mais ricos. (mais…)

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A questão agrária na Amazônia. Por José Raimundo Trindade

A Amazônia constitui a maior área de expansão do capital agrário nacional, sendo que os elementos da questão agrária e da renda fundiária obtida nesta região são fatores para análise do atual ciclo de acumulação brasileiro

Em A Terra é Redonda

Introdução

A questão agrária corresponde a um dos principais temas de debate econômico e sociológico na conformação do capitalismo. Ainda na virada do século XIX para o XX o debate entre autores marxistas se tornou intenso considerando três aspectos chaves: (i) o aspecto político referente ao papel do campesinato na luta de classes (Engels[i]); (ii) a diferenciação do campesinato e sua relação com o processo produtivo (Lênin[ii]); (iii) as formas de organização capitalista na agricultura e, principalmente, a afirmação de diferentes modelos de expansão rural capitalista (inglês, prussiano, americano) (Kautsky[iii] e Lênin). A esses três aspectos viria se acrescer uma questão chave já no século XX: (iv) a relação de transferência de valor entre os setores agrários e industriais (Preobrajensky[iv]). (mais…)

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