30º Grito dos Excluídos e Excluídas acontece no próximo 7 de setembro

“Todas as formas de vida importam. Mas quem se importa?” é o lema da atual edição do ato, que acontece tradicionalmente na semana da Pátria

por Coletivo Nacional de Comunicação do MAB

Em 2024, o Grito dos Excluídos e Excluídas celebra 30 anos de existência e resistência. Fruto da 2ª Semana Social Brasileira da CNBB – Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, entre 1993-1994, o Grito emergiu como espaço de articulação popular por direitos e Vida em Primeiro Lugar e de denúncia das desigualdades históricas, causadas pelo sistema capitalista que exclui, degrada e mata.  A coletiva nacional de imprensa do Grito acontece amanhã, 3 de setembro, a partir das 11h (horário de Brasília), virtualmente, com transmissão ao vivo na página, no canal do Grito e nas mídias de entidades parceiras. (mais…)

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O ócio, o cansaço e a guerra civil. Por Luiz Marques

No Forum21

Robert Louis Stevenson (1850-1894) é o escritor britânico que produz novelas juvenis fascinantes e também ensaios instigantes, como O elogio do ócio. “O que se chama de ócio, que não consiste de não fazer nada, mas de fazer demais do que não seja reconhecido nas descrições dogmáticas das classes dominantes, tem tanto direito de mostrar sua importância quanto o próprio trabalho”. Vale para aqueles românticos que “se recusam a entrar no páreo por dinheiro”. Logo, “implica ao mesmo tempo uma ofensa e um desestímulo às pessoas que entram”. O “americanismo” (a expressão já era utilizada) estigmatiza os que ousam rejeitar as convencionais sociais e a submissão à mais-valia. (mais…)

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A Busca Democrática do Comum na Diversidade: Desafios para a Construção de Contra Hegemonia. Por Cândido Grzybowski

em Sentidos e Rumos

Precisamos ter presente os momentos históricos da própria tomada de consciência e as lutas efetivas contra o bloco político dominante do capitalismo, que conta com o poder de Estado como expressão de sua hegemonia. Não podemos achar que temos hegemonia democrática transformadora. O Lula, atual presidente, que ganhou uma  eleição democrática, com ampla e extremamente heterogênea aliança, diante de um candidato com propostas de extrema direita autoritária, não expressa nossa hegemonia. Ela carrega uma proposta democrática para gerir o capitalismo que temos. A governabilidade possível imediata é nos limites de tal realidade estatal, considerando os três poderes e a nossa Constituição. Evitamos o pior, a destruição da própria democracia. Mas o capitalismo, em sua versão de neoliberalismo globalizado e financeirizado continua sendo o pilar, dentro de limites democráticas, menos destrutivos e excludentes. No jargão jornalístico vivemos o comando do “mercado” ou, de maneira mais emblemática, sob a hegemonia da “Faria Lima” – das entidades empresariais dos diversos setores econômicos, líderes dos 1% mais ricos. (mais…)

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A questão agrária na Amazônia. Por José Raimundo Trindade

A Amazônia constitui a maior área de expansão do capital agrário nacional, sendo que os elementos da questão agrária e da renda fundiária obtida nesta região são fatores para análise do atual ciclo de acumulação brasileiro

Em A Terra é Redonda

Introdução

A questão agrária corresponde a um dos principais temas de debate econômico e sociológico na conformação do capitalismo. Ainda na virada do século XIX para o XX o debate entre autores marxistas se tornou intenso considerando três aspectos chaves: (i) o aspecto político referente ao papel do campesinato na luta de classes (Engels[i]); (ii) a diferenciação do campesinato e sua relação com o processo produtivo (Lênin[ii]); (iii) as formas de organização capitalista na agricultura e, principalmente, a afirmação de diferentes modelos de expansão rural capitalista (inglês, prussiano, americano) (Kautsky[iii] e Lênin). A esses três aspectos viria se acrescer uma questão chave já no século XX: (iv) a relação de transferência de valor entre os setores agrários e industriais (Preobrajensky[iv]). (mais…)

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Olimpíadas, estética e política. Por Mauro Luis Iasi

Se os que se dizem revolucionários não conseguem ver beleza em Bias, Anas, Dudas, Rebecas, Simones, Izaquias, Valdenices, Pios e tantos outros e outras… bom, a revolução está morta por dentro.

No Blog da Boitempo

Os melhores fascistas obedecem em silêncio e trabalham com disciplina.
Nós dizemos: primeiro os deveres, depois os direitos.”
Benito Mussolini

Adoro Olimpíadas, aguardo ansioso por quatro anos, assisto tudo que posso, torço e me emociono. Mesmo sabendo de todas as suas determinações na era do capital, da mercantilização e do fetiche. Gostar dos jogos não implica que, como todo chato, você resista a fazer análises e considerações. (mais…)

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O preço dos lucros do capitalismo fóssil. Por Henri Acselrad

A relutância das elites em assumir medidas compatíveis com o princípio de precaução em matéria climática parece sugerir que a (falta de) Ética do Bote salva-vidas encontra-se hoje em operação

Em A Terra é Redonda

Quais os diagnósticos em disputa no debate sobre a mudança climática? No que diz respeito às relações Norte-Sul, vemos culpar-se ora “o Sul” ora “o Norte”. Ou seja, de um lado, um neo-malthusianismo conservador que culpa o crescimento da população nos países menos industrializados versus, de outro, o desenvolvimentismo de países menos industrializados, que alega ser reduzida a “pegada ecológica” do Sul global com relação às voluminosas emissões dos países mais ricos. (mais…)

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Os fundamentos míticos do capitalismo. Por Gil-Manuel Hernández i Martí

O mito de Ícaro ilustra as consequências desastrosas da ambição desmedida

IHU

“Todas as mitologias das culturas da terra nos alertam sobre a hybris: não podemos ser como deuses, porque pereceremos por causa disso. Na tradição grega, a hybris ou hubris é um termo que se refere à arrogância desmesurada, à falta de respeito pelos deuses e pela natureza. De modo que, a hybris na versão capitalista pode ser rastreada em narrativas míticas que apresentam personagens ou situações que refletem a busca desenfreada de poder, riqueza e sucesso, sem considerar as consequências morais ou sociais de suas ações”. A reflexão é de Gil-Manuel Hernández i Martí, professor titular do Departamento de Sociologia e Antropologia Social da Universidade de Valência, em artigo publicado originalmente na Revista 15/15\15 e reproduzido por Rebelión, 10-07-2024. A tradução é do Cepat. (mais…)

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