Escolas Munduruku reativam práticas culturais antigas e geram renda na I Feira Cultural do rio Kabitutu, com apoio da Funai

Por Aldilo Amancio Caetano Kaba Munduruku, Amilton Tomé Akay Munduruku e Fernanda Moreira*, na Funai

A I Feira Cultural do rio Kabitutu (I Wuybabi Mubapukap Waodadi) ocorreu entre os dias 26 e 28 de maio, na aldeia Katõ, na Terra Indígena (TI) Munduruku, município de Jacareacanga, Pará. Segundo o professor de cultura e identidade, Lucimar Korap, “pensamos nessa feira para resgatar o que a gente perdeu”. Com esse objetivo, o evento contou com apresentação e comercialização de remédios, produtos do roçado e artesanatos, além de contar com exposições artísticas, apresentação de cânticos e instrumentos tradicionais, realização de rituais, entre outras atividades. (mais…)

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Um convite à Cultura Viva como filosofia

Em tese de doutorado, cuja defesa será aberta ao público, o criador dos Pontos de Cultura aponta: políticas públicas precisam libertar a produção cultural das mãos do mercado. Sua força: gerar novas visões de mundo e caminhos ao bem viver

por Célio Turino, em Outras Palavras

“Ego sum pauper. Nihil habeo. Cor dabo.”
(Eu sou pobre. Nada tenho. Dou meu coração)

Foram 4 anos de dedicação intensa, passados em meio à difusão da Economia de Francisco e Clara no Brasil, pandemia de covid, conceituação e articulação pela lei de Emergência Cultural Aldir Blanc, lançamento de um livro sobre a América Latina (Por todos os caminhos, ed. SESC, 2020), falecimento de minha mãe, início de novos projetos no Instituto Casa Comum, com cursos, podcasts e, desde 2022, a retomada de viagens pela América Latina, semeando as ideias do Bem Viver, dos Pontos de Cultura e da Cultura Viva. No meio disso a escrita de tese de doutorado, que defenderei no próximo dia 14 de junho, na USP, sob orientação do professor Sérgio Bairon, às 14 horas. Haverá transmissão pela Internet, via o canal do Instituto Casa Comum e o podcast CulturaPode, no youtube. Deixo aqui o link da live a quem se interessar e puder acompanhar a defesa, podendo ativar o lembrete. (mais…)

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Menina de 13 anos usou conhecimentos indígenas para proteger irmãos mais novos na selva por 40 dias

O ministro da Defesa destacou a coragem da garota durante o período na selva. “Precisa reconhecer não apenas a coragem de Lesly, mas também sua liderança”, disse

No Correio Braziliense

A criança indígena Lesly Jacobombaire Mucutuy, 13 anos, protegeu e cuidou dos três irmãos mais novos, de 9, 5 e 1 ano, durante os 40 dias que eles ficaram perdidos em uma selva da Amazônia colombiana. “Precisamos reconhecer não apenas a coragem de Lesly, mas também sua liderança. Foi por causa dela que os três irmãos puderam sobreviver. Com seus cuidados, com o conhecimento da selva”, disse Iván Velásquez, ministro da Defesa da Colômbia. (mais…)

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Ailton Krenak, tradutor do Bem Viver. Por Álvaro Faleiros

Pensador aponta: noção quechua de sumak kawsai nos chega por traduções. Seu sentido forte vem, tenso e fértil, no encontro com a cosmovisão originária: “Corpos vivos em uma Terra viva. Não podemos incidir nela como a retroescavadeira”

No Outras Palavras

Não é difícil constatar hoje o ingresso da Natureza na política. A pauta ambiental faz parte de todos os grandes encontros internacionais e a consciência dos riscos e perigos da crise climática, do aquecimento global e do esgotamento dos recursos naturais não escapa às preocupações de qualquer pessoa minimamente conectada com o nosso tempo. (mais…)

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Em cerimônia ritual Guarani e Kaiowá, UFGD inaugura casa tradicional indígena no campus

No Folha de Dourados

“Onde germina o tekoha-território para que as forças dos ñanderu/ñandesy conduzam o caminho da resistência na busca do belo tekoporã.” A frase na placa de aço escovado que contrasta com a rusticidade do sapé e da terra vermelha resume o ideal da construção tradicional inaugurada na última sexta-feira (02/06), na área externa da Faculdade Intercultural Indígena (FAIND) da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) – Unidade 2 da instituição.

Na presença de centenas de estudantes e seus familiares, professores, técnicos administrativos e convidados externos, de diversas entidades, o Espaço de Práticas Pedagógicas Interculturais Oga Pysy foi entregue à comunidade acadêmica como símbolo da resistência do povo Guarani e Kaiowá, pela primeira vez erguido dentro de uma universidade no Brasil. (mais…)

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Cacique Marcos Xukuru: ‘Precisamos aldear todos os espaços para garantir nossa existência’

Ao Brasil de Fato, cacique faz um balanço da 23ª Assembleia Xukuru do Ororubá e dá um panorama da luta indígena no país

Pedro Stropasolas, Brasil de Fato

“Os passarinhos seguem espalhando sementes da Serra do Ororubá e reflorestando mentes, porque o Brasil é Território Indígena e Nunca Mais um Brasil Sem Nós.” (mais…)

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O cinema-sentipensamento das mulheres indígenas

Recém-lançada, a Rede Katahirine – ‘constelação’ de realizadoras – articulará espaços políticos. “O cinema indígena é uma armadilha de caçar: no caso, nós somos a caça”, explica coordenadora, mostrando como telas se tornam campos de luta

por Sophia Pinheiro, em Outras Palavras

Ver não apenas com os olhos, mas com todo o corpo e sentimento, ver com os olhos dos pássaros, da capivara, da onça, ver como veem fungos, plantas, divindades; fazer as imagens de outro modo, em colaboração com as pessoas e outros agentes do mundo visível e invisível, encantando as imagens e o pensamento, criando teias de afeto e sonhos.” Assim Sophia Pinheiro descreve o modo como essas mulheres dão luz aos seus olhares em um cinema que certamente terá agora um espaço próprio para se pensar e conquistar espaço político e cultural na sociedade brasileira. (mais…)

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