Por J. P. Cuenca, no The Intercept Brasil
Em romances policiais, é manjada a técnica de encher a narrativa de elementos para distrair o leitor da raiz do mistério. As pistas importantes estão todas lá, desde o início. Você é que não as vê, perdidas entre tantas subtramas e personagens secundários – um inocente Coronel Mostarda na biblioteca com um punhal no bolso, por exemplo. É a mesma técnica do mágico que tamborila o ar com os dedos de pianista enquanto tira da outra manga uma carta, como um ladrão que te conta uma piada enquanto rouba a sua carteira. (mais…)