A ONU não protegerá Gaza, mas pode adotar um “Pacto para o Futuro”? Por Pepe Escobar

As Nações Unidas se tornaram uma paródia de si mesmas. Enquanto os líderes mundiais se reuniam em Nova York esta semana, Gaza, Líbano e Palestina não estavam em nenhuma parte da agenda, mas um Pacto dos EUA forçado, projetado para proteger a “ordem baseada em regras”, estava bem no topo.

No The Cradle

A incapacidade – e a falta de vontade – das Nações Unidas e do seu Conselho de Segurança de impedir um genocídio transmitido ao vivo as desacreditou além de qualquer redenção possível. Qualquer resolução séria que inflija consequências sérias à psicopatologia mortal de Israel foi, é e será bloqueada no Conselho de Segurança da ONU. (mais…)

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Eis o Manifesto das Periferias de São Paulo

Num documento construído coletivamente, e que reflete alta elaboração política, a visão de lideranças das quebradas sobre a permanência de relações coloniais na metrópole – e os caminhos para a busca de uma cidade do Comum

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O documento que Outras Palavras publica a seguir resulta de uma ação política quase subterrânea – mas de enorme potencial político. Nos últimos meses, lideranças dos movimentos que atuam nas periferias de São Paulo lançaram-se a uma articulação incomum. O objetivo: avançar na construção de um “sujeito social periférico” – autônomo, crítico e capaz de enfrentar a desigualdade e desumanização que marcam nossas cidades. (mais…)

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Boulos pode vencer as 2 faces do bolsonarismo. Por Valerio Arcary

 

A um mês da eleição, a ascensão do candidato trambiqueiro neofascista Pablo Marçal embaralhou as previsões tanto da esquerda quanto da extrema direita. Agora, a campanha de Guilherme Boulos não pode mais vacilar e precisa acertar a estratégia para ganhar o pleito mais importante do país.

Na Jacobin

Estamos a trinta dias do primeiro turno das eleições municipais. O paradoxo da conjuntura é que a situação econômica melhorou, porque os dados indicam que o PIB deve confirmar, até o fim do ano, um crescimento de 3% o desemprego cai, a inflação continua contida, mas a influência da extrema direita não diminui. Um paradoxo é uma contradição anti-intuitiva. A “geringonça” brasileira não funciona muito bem. Lula mantém aprovação acima de 50%, mas a desaprovação não recua. Na maior cidade do país o fenômeno eleitoral é a colisão meteórica da candidatura de Pablo Marçal, um neofascista furioso que cresce, e vertiginosamente. O perigo está no horizonte. (mais…)

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Xadrez do segundo tempo do golpe da ultradireita. Artigo de Luís Nassif

“A democracia, hoje, depende de dois personagens: Lula e Alexandre de Moraes. O eixos paulista dos grupos de mídia se empenham diariamente em uma guerra de desgaste contra Lula. Agora, investem contra Alexandre de Moraes. Seu enfraquecimento significaria deixar a porteira aberta para a invasão das tropas bolsonaristas, agora, comandadas por Tarcísio de Freitas”, escreve Luis Nassif, jornalista, em artigo publicado por Jornal GGN, 07-08-2024. Eis o artigo.

No IHU

E os mesmos grupos de mídia, que atuaram decisivamente para a ascensão de Bolsonaro, repetem o mesmo movimento.

De repente, surge uma base de dados retirada do WhatsApp do celular de algum assessor do Ministro. A base de dados é entregue a um jornalista da Folha que, antes, trabalhava em publicação amplamente reconhecida como de direita. Entra na parceria o jornalista Glenn Greenwald, que se destacou no episódio da Vaza Jato – a base de dados de conversas dos procuradores da Lava Jato, que liquidou com a operação. (mais…)

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‘Não regulamentação da mídia beneficia desinformação como negócio político’, diz pró-reitora da UFRJ

Ivana Bentes integra projeto, realizado em parceria com o MinC, sobre educação midiática e cultura digital

Bianca Feifel, Brasil de Fato

Com a proximidade das eleições municipais no Brasil, a desinformação volta ao centro do debate público. Os pleitos eleitorais de 2018 e 2022 foram fortemente marcados pelo uso estratégico de notícias falsas para influenciar as escolhas políticas dos eleitores. O que o país aprendeu com essas experiências? O Brasil está mais preparado para lidar com fake news(mais…)

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SP: Como redesenhar a participação social

Apenas três dentre as 32 subprefeituras paulistanas elegeram todos os seus conselheiros. Quadro amotivacional é grave, comprometendo a democracia cidadã. Ir além do voto é crucial. “Paineis populares” e novas formas de representatividade podem ser um caminho

por Felix Ruiz Sanchez e André Leirner, em Outras Palavras

Participação social por canais não eleitorais no município de São Paulo1

A Constituição Federal de 1988 alterou a arquitetura da administração pública e municipalizou serviços de saúde, educação, assistência social, transporte, habitação e planejamento urbano. Foi nesse cenário que Luiza Erundina, eleita prefeita de São Paulo (1989-1992), promulgou a Lei Orgânica do Município e a organização territorial que definiu 96 Distritos Administrativos (Lei 11.220/1992). O governo Marta Suplicy (2001-2005), dez anos depois, ofereceu novos avanços à pauta da descentralização e participação. Nele, foram aprovadas as leis nº 13.399/2002 e nº 13.881/2004. A primeira conferia a subprefeitura a coordenação técnica, política e administrativa de cada localidade, observadas as prioridades e diretrizes estabelecidas pelo Governo Municipal, e a segunda, criaria o Conselho de Representantes das Subprefeituras em articulação com o poder executivo central. Ainda nesse governo, o Orçamento Participativo – OP foi implementado pela primeira vez na cidade. Apesar ter envolvido diferentes atores sociais e retomado a participação popular e social2 e mesmo após a criação do Conselho Municipal do Orçamento Participativo3, a iniciativa não se consolidou como órgão de atendimento às demandas e expectativas locais na peça orçamentária municipal, gerando frustrações e desgaste político. Em que pese esse esforço de descentralização, os recursos permaneceram alocados junto às secretarias, fruto da necessidade de formação de coalização política para manutenção de governabilidade (GRIN, 2015). (mais…)

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