“O lawfare é uma forma de desestabilizar os governos, de usar de forma traiçoeira e contrária aos direitos humanos as leis que já existem nos países”, adverte a advogada
Por Patricia Fachin, em IHU
A instrumentalização do direito e das leis vigentes com a finalidade de garantir interesses econômicos e políticos de determinados Estados ou grupos sociais internacionais e nacionais tem sido uma prática constante em todo o mundo e é comparada, por alguns pesquisadores, a estratégias de guerras para derrotar e aniquilar inimigos. Essa “tática”, conhecida como “lawfare”, consiste no “uso traiçoeiro das leis, quer dizer, de uma interpretação que não é a mais respeitosa dos direitos humanos”, e na adoção de medidas institucionais que “são possíveis e legitimadas pelo direito e encobertas de uma retórica de legalidade”, disse Charlotth Back, membro da Comissão de Direito Internacional da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB/RJ e do Conselho Latino-Americano de Justiça e Democracia – CLAJUD, na conferência virtual intitulada “Lawfare como nova estratégia de guerra à luz dos contextos políticos nacional e internacional”, promovida pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU em 30-06-2022.
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