Novo estudo aponta desigualdades no acesso ao parto hospitalar no Brasil

Lidiane Nobrega, Agência Fiocruz de Notícias

Publicado na revista The Lancet Regional Health – Americas, um artigo feito por pesquisadores do Centro de Desenvolvimento Tecnológico em Saúde (CDTS/Fiocruz) aponta que 1 em cada 4 mulheres (25,4%) precisou sair do município para dar à luz em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS), aumentando de 23,6% para 27,3% no período analisado. A distância e o tempo de viagem também cresceram 31,1% (54,0 km para 70,8 km) e 33,6% (63,1 min para 84,3 min), respectivamente. (mais…)

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Internacional Antifeminista, uma radiografia

Por que a cruzada contra dissidências sexuais é chave para o projeto político da ultradireita global? Como ela constrói alianças e infiltra-se até em organizações de Direitos Humanos? Qual pode ser a resposta das esquerdas, até agora inerte?

Por Núria Alabao, no CTXT | Tradução: Rôney Rodrigues, em Outras Palavras

As guerras de gênero tornaram-se globalizadas e são impulsionadas por um poderoso movimento social, político e religioso transnacional. Com “guerras de gênero” fazemos referência aqui a conflitos políticos e culturais que se centram em questões de gênero e sexualidade – questões como os direitos sexuais e reprodutivos, os direitos de dissidência sexual, a educação sexual ou a violência de gênero, entre outros. É claro que estas batalhas não são meras cortinas de fumaça, mas inerentes à luta pelo poder e aos interesses dos projetos políticos que as impulsionam, que, em última análise, são funcionais para uma relegitimação das hierarquias de classe, gênero e raça. (mais…)

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Pandemia ainda impacta educação no Brasil, aponta estudo

Dados são de estudo da Unicef divulgado nesta quinta-feira

Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

O Brasil ainda não se recuperou, na educação, dos impactos gerados na pandemia. O acesso à educação, que vinha melhorando, teve piora durante a pandemia e ainda não recuperou o mesmo patamar observado em 2019. A alfabetização das crianças, que tiveram as aulas presenciais suspensas, piorou e o percentual daquelas que ainda não sabem ler e escrever aos 8 anos de idade aumentou consideravelmente entre 2019 e 2023. (mais…)

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Em Florianópolis, luxo e segregação sem pudor

Apócrifa, mas endossada pela prefeitura, campanha pede o fim das esmolas e associa população de rua à tuberculose e violência. História de um retrocesso: como, na “Ilha da Magia”, parte da elite resgata agora o higienismo do século XIX

por Rafaela Alvim Fernandes de Oliveira e Guilherme Cidades Soares, em Outras Palavras

No dia 17 de dezembro do ano passado, bombou nas redes sociais um panfleto que estaria sendo distribuído em Florianópolis sobre a população em situação de rua. Denunciado nas redes inicialmente pelo Padre Júlio Lancellotti e depois por figuras políticas da região, o panfleto vem com o título “NÃO DÊ ESMOLA, DÊ OPORTUNIDADE”. O fôlder é confuso com relação a sua autoria, mas faz referências ao aplicativo “PMSC Cidadão” e ao CentroPOP do município de Florianópolis. (mais…)

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Novo Ensino Médio está alinhado a uma visão neoliberal e aprofundará as desigualdades educacionais. Entrevista especial com Ângela Both Chagas

Para a doutora em Educação, esta reforma representa uma política autoritária e reduz a autonomia das escolas

Por: André Cardoso e Elstor Hanzen, em IHU

Após a luta de estudantes, educadores e movimentos sociais, a reestruturação do Ensino Médio, a partir da Lei nº 14.945/2024, conseguiu amenizar alguns dos danos promovidos pela Lei nº 13.415/2017, que institui o Novo Ensino Médio. “Não houve uma revogação integral da Lei de 2017, mas pontos importantes foram alterados, como a ampliação da carga horária da Formação Geral Básica, comum a todos os estudantes, e a recomposição da obrigatoriedade de componentes curriculares como História, Sociologia, Filosofia, Artes, Educação Física, Biologia”, afirma a doutora em educação, Ângela Both Chagas. (mais…)

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Programa de Transferência de Renda exclui maioria dos atingidos, alerta MAB

Critérios limitam reconhecimento para indenizações

Por Mariah Friedrich, Século Diário

O acordo de repactuação assinado para reparação dos impactos causados pelo crime socioambiental da Vale/Samarco-BHP continua a provocar insegurança entre comunidades atingidas, que têm se preocupado com as limitações impostas pelo novo modelo de governança das ações reparatórias, que estabelece, entre outras mudanças, a criação do Programa de Transferência de Renda (PTR). O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) denuncia a exclusão de milhares de famílias que não serão reconhecidas como elegíveis para receber indenizações, em razão dos critérios definidos no acordo. (mais…)

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Dowbor: A atualidade radical da Renda Básica

Num mundo em que a riqueza coletiva é capturada por tão poucos, alguns ainda julgam descabido oferecer dinheiro sem contrapartida em trabalho. É hora de demonstrar a inconsistência – ética, social e econômica – desta oposição

Por Ladislau Dowbor, no Meer | Tradução: Glauco Faria, em Outras Palavras

Enquanto a economia for movida principalmente pela maximização do lucro, ela responderá à demanda expressa pelos grupos mais ricos da sociedade, levando a formas extrativistas de produção que agravam a exclusão social em nome da criação de mais riqueza, e deixará de assegurar os direitos das pessoas em situação de pobreza.
(Olivier de Schutter)¹

O ponto de partida óbvio é que o que produzimos no mundo, o chamado PIB global, é suficiente para garantir uma vida digna e próspera para todos. Também podemos usar a Renda Nacional Líquida ou acrescentar a infraestrutura já construída – casas, estradas, eletricidade, sistemas de água, ruas e tantas outras melhorias herdadas -, mas o fato básico é que o que temos e produzimos é suficiente. Para se ter uma referência, o PIB mundial, de 110 trilhões de dólares, para uma população de 8 bilhões, equivale a 4.600 dólares por mês para uma família de quatro membros. Mesmo no Brasil, com um PIB per capita de 10 mil dólares por ano, o que produzimos equivale a 3,3 mil dólares por mês por família de quatro membros. Podemos brincar com os números, mas o fato básico é que nosso problema não é econômico, mas de organização social e política. (mais…)

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