Caminhos para uma política pública do Cuidado

Governo Lula cria Grupo de Trabalho, reunindo 14 ministérios, com essa missão. E um desafio, urgente e estrutural: enfrentar a desigualdade sistêmica, patriarcal e racializada, que submete mulheres e meninas. Sem isso, há o risco do resultado ser inócuo

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Cuidar do povo brasileiro, este tem sido um compromisso reiterado do presidente Lula, desde a sua campanha. Não por acaso, foi na solenidade do 8 de Março, no Palácio do Planalto, que ele assinou o decreto de criação de um Grupo de Trabalho Interministerial,1 composto por 14 ministérios e pela Fenatrad – Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, para definir a Política Nacional de Cuidados. Afinal, a incorporação dessa questão na agenda governamental se dá em resposta às demandas feministas, de militantes revolucionárias2 e de movimentos sociais, há muito colocadas e agora assumidas também por organismos internacionais no sistema das Nações Unidas. (mais…)

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Pelo acesso à água como direito humano universal

Em carta ao ministro Silvio Almeida, o apelo para que o bem essencial à vida seja tratado como prioridade na agenda de DH no Brasil. É preciso garantir a infraestrutura de saneamento, mas também desmercantilizar o fornecimento

por Flávio José Rocha*, em Outras Palavras

Caro Ministro Silvio Almeida,

Tenho acompanhado estes seus primeiros meses à frente do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania com muito entusiasmo. Agradeço, e tenho certeza de que muitas outras pessoas o fazem, pela sua postura de enfrentamento às violações dos direitos dos mais vulneráveis da nossa sociedade. (mais…)

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Meritocracia e fraude. Por Antonio Prado

em Terapia Política

Minha geração se habituou a fazer concursos até para entrar no ginasial. Um estresse após o outro. Eu mesmo fiz um vestibular para estudar economia e outro para ciências sociais. Fiz o exame nacional de seleção da ANPEC (Associação Nacional dos Centros de Pós-graduação em Economia) para a pós-graduação, seguida de dissertação de mestrado, tese de doutorado, concurso para professor universitário. (mais…)

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“Não podemos fazer uma transição energética à custa da biodiversidade”. Entrevista especial com Luis González Reyes

“Costumamos dizer que as fontes renováveis são preferíveis aos combustíveis fósseis, mas precisamos entender seus impactos ambientais”, destaca o químico e ativista socioambiental

IHU

“A tese fundamental que quero compartilhar é que a normalidade acabou; o que temos pela frente é um cenário radicalmente distinto do presente e do passado recente. Estamos vivendo o colapso da nossa civilização, com uma transformação profunda nas ordens política, econômica e cultural, da qual sairão outras ordens distintas, que ainda não sabemos quais são.” Este foi o diagnóstico apresentado por Luis González Reyes, na conferência de abertura do ciclo de estudos Transição Energética e o Colapso Global. Limites e possibilidades, em 04-05-2023, promovido pelo Instituto Humanitas Unisinos – IHU. (mais…)

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De crime em crime, só espiritualidade e luta coletiva nos libertam. Por frei Gilvander Moreira*

Em uma sociedade capitalista como a nossa, com idolatria do mercado/capital, a injustiça social segue se reproduzindo, mas também muitas lutas por direitos e pela superação de injustiças e violências seguem. Quero aqui fazer menção a algumas lutas. Dia 13 de maio último (2023), foi dia marcante em Belo Horizonte e região. No dia da farsa de 135 anos da abolição da escravatura, mito e mentira que aconteceu dia 13 de maio de 1888, pois relações sociais escravocratas continuam se reproduzindo cotidianamente no nosso Brasil e pelo mundo afora. Em 2022, a Comissão Pastoral da Terra (CPT) registrou 207 casos coletivos de trabalho escravo no meio rural, com 2.218 pessoas resgatadas, o maior número dos últimos dez anos, caracterizando uma explosão nos números de autuação constatando trabalho escravo. O estado de Minas Gerais segue nos últimos dez anos sendo o estado campeão em trabalho escravo, pois em Minas Gerais continuamos sob o império do agronegócio que violenta brutalmente os territórios, os povos e a natureza. Em Minas Gerais temos mais de 50% da monocultura de eucalipto, que desertifica os territórios e dizima as fontes de água, além de expropriar e expulsar camponeses e camponesas para as periferias das grandes cidades. Convém recordar que não podemos aceitar a expressão eufemista “trabalho análogo à escravidão”, pois significa negar a existência da escravidão contemporânea. É trabalho escravo mesmo, nu e cru, que continua de forma acentuada em muitas empresas no campo e na cidade, também na uberização do trabalho e com o uso indiscriminado de tecnologias que substitui mão de obra. (mais…)

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Pochmann: A ladeira social no Brasil

No pós-golpe, a quantidade de miseráveis dobrou e a de pobres cresceu 23%. Laços de civilidade foram rompidos — e identidades coletivas, embaralhadas. Enfrentar esta barbárie requer nova concepção de seguridade diante dos dilemas da Era Digital

por Marcio Pochmann, em Outras Palavras

A infraestrutura econômica sobre a qual as classes e frações de classes sociais no Brasil se estruturam sofreu uma profunda derrocada desde a segunda metade da década passada. O aprofundamento da estagnação secular que se abate no país de longa data produziu generalizado rebaixamento no padrão de vida, salvo a exceção de sempre, representada por minoria de super-ricos, poderosos e privilegiados. (mais…)

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De Zambelli a Dallagnol: quem votou contra igualdade salarial de homens e mulheres

Projeto do governo Lula que cria mecanismos para equiparar salários de homens e mulheres que exercem a mesma função foi aprovado na Câmara por ampla maioria, mas há quem não queira; veja

Por Ivan Longo, em Revista Fórum

Foi aprovado pela Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (4), o Projeto de Lei 1085/23, enviado ao Congresso Nacional em março pelo governo Lula, que institui obrigatoriedade de igualdade salarial entre homens e mulheres que exercem a mesma função. O PL seguirá para análise do Senado. (mais…)

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