MPF cobra manutenção emergencial da Barragem de Poço Branco (RN)

A barragem não passa por inspeção periódica nem tem planos de segurança e emergência, mesmo com alto risco potencial de acidente

Ministério Público Federal no Rio Grande do Norte

O Ministério Público Federal (MPF) entrou com ação civil pública para que o Departamento Nacional de Obras contra as Secas (Dnocs) faça manutenções corretivas, em caráter de urgência, na Barragem de Poço Branco, no Rio Grande do Norte. Diante do risco de acidente e do potencial de danos ao meio ambiente e à comunidade da região, o MPF também cobra a realização de inspeções de segurança periódicas e a elaboração dos planos de segurança e emergência exigidos pela legislação. (mais…)

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Fome, crise hídrica e o fiasco da governança global

Relatório aponta: até 2050, escassez global de água pode cortar 8% no PIB mundial e 15% nos países pobres. Metade da produção de alimentos será afetada. Encontros internacionais caríssimos que dizem tratar destes temas estão cegos a tais emergências

Por José Eustáquio Diniz Alves, do Projeto Colabora / Outras Palavras

A maior parte da superfície do planeta Terra é composta por água. Cerca de 70% da superfície terrestre é coberta pelo líquido H2O e 70% do corpo humano é composto por água. A água é essencial para a vida de todos os seres vivos do planeta. Ela é essencial para a hidratação e para a produção de alimentos. Porém, os oceanos salgados respondem por 97,5% de todos os recursos hídricos e outros 1,75% estão congelados, nos polos, nas geleiras, nos glaciares e no permafrost. Desta forma, a humanidade e as demais espécies vivas do planeta contam com uma proporção de água potável de apenas 0,75% do total dos recursos hídricos para o consumo comum. (mais…)

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Sabesp: privatização convoca a crise hídrica

Seca volta a colocar SP sob o risco de desabastecimento. Mas, agora voltada para o lucro, empresa despreza até o sucesso que alcançou há dez anos, ao premiar quem fazia o uso racional da água. Governo estadual insiste em paliativos. Sabesp lava as mãos

por Rôney Rodrigues, em Outras Palavras

A crise hídrica que o estado de São Paulo enfrenta atualmente é preocupante, e as medidas tomadas até o momento parecem insuficientes. A preocupação aumenta com a perspectiva das previsões climáticas de falta de chuvas nos próximos meses, pois continuarão a baixar os níveis dos reservatórios que abastecem dezenas de milhões de paulistas, apesar dos investimentos realizados durante a crise de 2013/15 que visaram aumentar a resiliência dos sistemas produtores de água e favoreceram principalmente o Sistema Cantareira. (mais…)

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Brasil: A água sob o domínio do rentismo?

Crise climática é usada por instituições internacionais para tentar capturar o saneamento do país, estimulando privatizações e PPPs. Resultado: o privado abocanha subsídios, entrega péssimos serviços e coloca em risco a soberania nacional. E governos caem na arapuca…

por Helder Gomes e Merci Pereira Fardin, em Outras Palavras

Devemos ficar muito atentos ao movimento de expansão das privatizações e das Parcerias Público-Privadas (PPP) na área do saneamento ambiental. O grande capital e as agências multilaterais de financiamento (Banco Mundial, entre outras) aproveitam muito bem o momento de explicitação da crise climática, bem como da urgência que ela impõe por mudanças nos sistemas de abastecimento de água e de esgotamento sanitário, para difundir programas de reestruturação das cidades, como sinônimo de adequação aos chamados desafios do novo milênio. No entanto, o que está em jogo, de um lado, é a concorrência pelo controle das fontes de água potável pelos grandes conglomerados capitalistas, que disputam as fontes de matérias-primas em nível mundial. (mais…)

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As corporações que controlam as águas do Brasil

Um punhado de transnacionais, associadas a grandes fundos e bancos, apressa-se a controlar as empresas de saneamento. O preço é irrisório – às vezes, menos que um ano de receita. O ganho estratégico é enorme. O BNDES financia a mamata

por Dalila Calisto*, em Outras Palavras

Recentemente, a empresa Equatorial, uma das principais distribuidoras de energia elétrica do país, assumiu a gestão da Sabesp, maior empresa de saneamento do Brasil, após ter disputado e vencido, sem concorrência, o leilão que levou à privatização da empresa, em julho de 2024. Em 2021, a Equatorial já havia sido vencedora do leilão, que privatizou o saneamento no estado do Amapá. Na época, por meio do pagamento de R$930 milhões de reais, a empresa tornou-se responsável pela gestão dos serviços de distribuição de água e coleta de esgoto em dezesseis cidades do Estado, passando a atender cerca de 700 mil pessoas. (mais…)

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Reposição de estoque do Aquífero Guarani é insuficiente, mostra estudo

Trabalho é do Instituto de Geociêncis da Unesp de Rio Claro

Guilherme Jeronymo – Repórter da Agência Brasil

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Geociências da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Rio Claro percebeu que a reposição de águas do Aquífero Guarani está abaixo do necessário para garantir a manutenção da quantidade disponível no reservatório, que se estende por áreas do Sul e Sudeste do país, além de Paraguai, Uruguai e Argentina. O reservatório atende 90 milhões de pessoas, sendo responsável pela manutenção do nível de rios e lagos em algumas áreas do interior paulista durante o período de seca.  (mais…)

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Água: história de uma privatização infame

Como o governo Lula manteve (na contramão do resto do mundo) as políticas de Temer e Bolsonaro para o saneamento. Paradoxo: megafundos globais controlam as águas brasileiras com financiamento do BNDES. A universalização, pretexto falso

Por Marcos Helano Montenegro, Amauri Pollachi, Edson Aparecido da Silva e Ricardo de Sousa Morettii, em Outras Palavras

Foi após o golpe que derrubou Dilma Roussef que setores empresariais e financeiros interessados na privatização do saneamento usaram a universalização dos serviços como pretexto eficaz para alcançá-la. Identificando o possível beco sem saída em que nos meteram, os autores mostram quais são os verdadeiros desafios a superar, desnudam as mazelas da prestação privada, denunciam o papel do BNDES na oligopolização dos prestadores para ao final propor algumas das necessárias correções no rumo da política pública para o setor. (mais…)

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