Novo Ensino Médio e as estranhas relações entre governo, fundações e associações empresariais. Entrevista especial com Daniel Cara

Defensor da imediata revogação do Novo Ensino Médio, professor que participou da equipe de transição do governo Lula indica que Ministério da Educação tem sido tributário de organismos privados

Por: João Vitor Santos, em IHU

“O estranho, o que está fora do lugar, é o MEC de Lula defendê-la”. A frase é do professor Daniel Cara e se refere à reforma educacional que originou o Novo Ensino Médio – NEM. Realmente, parece haver algo muito estranho, pois a concepção dessas mudanças foi feita e implementada nos governos de Michel Temer e Jair Bolsonaro, com os quais o atual governo não compactua. E mais do que uma divergência de orientações políticas, o NEM tem se revelado um fracasso no cotidiano escolar. Tanto é que, no último 15 de março, uma legião de professores, pesquisadores, pais e alunos saiu pelas ruas pedindo sua revogação. “Ninguém que entende verdadeiramente de educação, que conhece a realidade escolar, defende a reforma do Ensino Médio. Portanto, professores, formadores de professores, pesquisadores, estudantes e suas entidades e movimentos querem a revogação”, completa Cara. (mais…)

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O Novo Ensino Médio: Governo Lula e as comunidades educativas no centro dos processos de tomada de decisão. Entrevista especial com Roberto Rafael Dias da Silva

Para o professor, a falta de conexão com a realidade do universo escolar cria currículos atomizados com pouca efetividade para formação dos jovens no século XXI

Por: João Vitor Santos, em IHU

Uma breve história, ainda sem um final feliz. Todo mundo já deve ter ouvido, ou até falado, que a escola precisa ser modernizada e que os jovens não aprendem mais nada. Desse discurso surgiu a ideia de que é preciso modernizar o Ensino Médio para que a escola possa preparar os jovens para os desafios do século XXI. Assim, nasce o Novo Ensino Médio e ele é imposto a colégios de todo o Brasil. Essa história tem ares de conto de fadas, não por ser cândida e com final feliz, mas por ser fantasiosa e desconexa com a realidade das escolas. (mais…)

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Ações afirmativas e universidade utópica

O acolhimento de grupos historicamente excluídos não se resolve na afirmação da diferença anterior ao encontro. O verdadeiro respeito implica transformação e exige inventar um novo espaço ético, político e epistemológico

por João Carlos Salles*, em Outras Palavras

1. Devemos sempre renovar nosso compromisso com uma sociedade democrática. Passada a mais inclemente tormenta, sendo possível agora um diálogo com o governo federal, importa refletir e continuar a defender os valores universitários mais essenciais e permanentes. Afinal, um outro mundo é possível, mas nenhum valerá a pena em nosso país sem uma universidade pública e inclusiva, capaz de realizar, de norte a sul, ensino, pesquisa e extensão de qualidade. (mais…)

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Escola do Bem Viver

Sem material, alimentação, água potável e energia elétrica, comunidade Guarani Mbya do tekoa Karanda’ty insiste em efetivar seu direito à educação escolar indígena

POR OLGA JUSTO*, em CIMI

Na manhã desta quinta-feira, 16 de março, o ano letivo iniciou no tekoa Karanda’ty, retomada Mbya Guarani em Cachoeirinha (RS). (mais…)

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Lideranças Indígenas do Baixo Tapajós apresentam pauta à Secadi-MEC

Representantes Indígenas do Baixo Tapajós, localizado no Oeste do Pará, nos municípios de Santarém, Belterra e Aveiro se reuniram nesta segunda-feira (13), em Brasília (DF), com a Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão Educação Escolar, do Ministério da Educação (Secadi-MEC) e apresentaram pauta conjunta para a melhoria da educação escolar indígena na região.

Por  Osnilda Lima, na CPT

As lideranças foram recebidas pela secretária da Secadi, a professora Zara Figueiredo Tripodi. Participaram da reunião, representantes dos Conselho Indígena Munduruku e Apiaká do Planalto Santareno (Cimap), do Conselho Indígena da Terra Cobra Grande (Cointecog), da Terra Indígena Munduruku e Apiaká do Planalto Santareno, da Terra Indígena Cobra Grande, Conselho Indígena Tupinambá (Citupi), do Conselho Indígena da Terra Cobra Grande (Cointecog), do Conselho Indígena do Território Munduruku e Apiaká do Planalto Santareno, da Terra Indígena Munduruku-Takuara e da Terra Indígena Munduruku-Bragança/Marituba, todos do Baixo Tapajós que contaram com o apoio da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Coletivo Maparajuba Assessoria em Direitos Humanos na Amazônia. (mais…)

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Atare Xe Bajapoare: o primeiro dia de aula das crianças Avá-Canoeiro

Após 50 anos do contato forçado pela Funai, o povo Avá-Canoeiro adquire o direito de ter formação escolar em sua língua materna

POR ELIANE FRANCO MARTINS, DO CIMI REGIONAL GOIÁS-TOCANTINS

O povo Ãwa, conhecido como Avá-Canoeiro no estado do Tocantins, permaneceu por muitos anos estudando em escolas indígenas dos Javaé e Karajá, povos que possuem uma língua distinta da sua. Enquanto o povo Ãwa é pertencente à família linguística Tupi-Guarani, os povos Javaé e Karajá são do tronco linguístico Macro-jê. (mais…)

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Ministério da Educação abre consulta pública para reformular Novo Ensino Médio

Durante 90 dias, GT promoverá debates com com estudantes, professores e gestores escolares de todo o país

Amanda Sobreira, Brasil de Fato

O Ministro da Educação, Camilo Santana, irá debater novas mudanças no Ensino Médio no Brasil. A decisão, que já havia sido adiantada pelo ministro, está publicada no Diário Oficial da União (DOU), desta quinta-feira (9). A portaria Nª 399, instituiu um Grupo de Trabalho com representantes de diversas organizações educacionais, além da comunidade escolar e da sociedade civil para avaliar e reestruturar a nova política nacional do Ensino Médio. (mais…)

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