A palavra como flecha – Puyr Tembé

Uma liderança da Amazônia comprometida com o rompimento do silenciamento dos mais de 55 povos indígenas que habitam o Pará, com aproximadamente 60 mil pessoas e 30 idiomas, em 52 municípios que correspondem a mais de 20% do Estado. Puyr Tembé é uma andarilha que circula pelo Brasil e pelo mundo com o objetivo de garantir o direito à diversidade, através da exposição dos vários tipos de violência a que estão sujeitos os povos originários e, especialmente, as mulheres indígenas. A quinta edição de A palavra como flecha traz a força dessa voz que alterna sua fala assertiva com o silêncio que evoca saberes ancestrais. Puyr reinventa a representatividade política com um misto de determinação e emoção. A novidade está no que experimenta como consequência da sua militância: um espaço no qual cabe sua força, atenção e, sobretudo, a voz das mulheres.

Por Marcelo Carnevale, Agência Amazônia Real

As várias dimensões da luta

Puyr Tembé deu prontamente um sinal para que eu formalizasse o convite para a nossa conversa. O segundo contato foi uma resposta rápida da assessoria por correio eletrônico. A impressão é que ela se encontrava em estado de prontidão e que o resto (agenda, dia, hora) jamais comprometeria o desejo de estar atenta e receptiva a quem busca uma aproximação pelo diálogo. Sua movimentação é caótica, afinal, confessou viver em quatro mundos distintos. Me esforcei para acompanhá-la na trilha que nos levou pelas diferentes dimensões que acessa: a comunidade Tembé, a militância no movimento indígena na Amazônia, a agenda global e o papel de primeira titular na Secretaria de Estado dos Povos Indígenas do Pará (Sepi). Trocamos muito as lentes, várias vezes, e quase sem respirar. O que se confirmou foi que, em qualquer dos quatro universos nos quais ela circula, sua ética se traduz nessas qualidades marcantes do feminino: atenção e receptividade. O resto é combate, porque o que está em jogo é o racismo estrutural, a violência contra a mulher e a proteção do planeta. (mais…)

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MPF e Portela promovem a 2ª edição do projeto Portela por Direitos no Rio de Janeiro

Encontro será realizado em 14 de outubro e vai debater escravidão e reparação

Procuradoria da República no Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC), e o Departamento de Cidadania do Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela realizam, no próximo dia 14 de outubro, no Rio de Janeiro, a 2ª edição do projeto Portela por Direitos. (mais…)

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Luta e Resistência Indígena na RMBH cresce e fortalece. Por Gilvander Moreira

Nos últimos anos, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) aconteceram seis Retomadas Indígenas: 1) Retomada Kamakã, em Esmeraldas; 2) Retomada Pataxó, em São Joaquim de Bicas; 3) Retomada Katurama, em São Joaquim de Bicas; 4) Retomada Kamakã Mongoió, em Brumadinho; 5) Retomada Xukuru-Kariri, em Brumadinho; e 6) Retomada Terra Mãe, do Povo Indígena Warao, de refugiados da Venezuela, que aconteceu no início de setembro de 2023, na cidade de Betim. (mais…)

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Elas são referência nas lutas feministas. Agora, querem a descriminalização do aborto

As trajetórias de Lúcia Xavier, Bruna Benevides e Comba Marques convergem nas lutas contra preconceitos e por direitos

Por Mariama Correia, Agência Pública

Brasília (DF) – “Em um momento, você está estudando pessoas que são referência. No outro, está ao lado delas”, disse, emocionada, Sofia Amaral, 22 anos, do Núcleo de Estudos e Pesquisas sobre a Mulher (NEPEM), da UFMG. A pesquisadora falava para um plenário ocupado por feministas de várias regiões, durante seminário da Frente Feminista Antirracista, no último dia 28, na Câmara dos Deputados. Ali estavam militantes históricas pela igualdade de gênero do país. (mais…)

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Lula está condenado a convocar o povo. Por Paulo Moreira Leite

Na luta de vida ou morte contra o fascismo, não se pode cultivar a ilusão de uma nova republica de bacharéis

No Brasil 247

Não é preciso ter muita imaginação para compreender que a guerra fascista contra o STF não pode ser vista como um conflito banal ou passageiro. Trata-se da mais relevante questão política de nossa história desde o fim da ditadura militar.

Num país onde vigora o regime de três poderes — Executivo, Legislativo e Judiciário — o Brasil encontra-se numa situação de crise permanente, formada pelo choque de três forças distintas — um governo de esquerda, um parlamento alinhado pela extrema-direita e um Supremo que nem sempre tem se mostrado cioso de prerrogativas e responsabilidades. (mais…)

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Um poema, uma chamada – liberdade para Assange! Por Francisco Foot Hardman

“Faço aqui um apelo, por saber que este site tem participação, entre autoria e leitura, de um enorme número de docentes: falem de Julian Assange em suas aulas”

Em A Terra é Redonda

Julian Assange, jornalista australiano, fundador e editor do site internacional e independente de notícias WikiLeaks, está ameaçado de morte pelo imperialismo norte-americano. Isso, com a cumplicidade direta da Suprema Corte do Reino Unido, que aprovou sua próxima extradição. Condenado à revelia nos EUA por crime de espionagem contra organismos de segurança militar norte-americana, com uma sentença absurda de 175 anos de prisão (é o primeiro caso na história de um jornalista condenado por espionagem!), preso em solitária degradante desde 2019, em Londres, com piora avançada de seu estado de saúde, ele pode ser extraditado a qualquer momento para a América do Norte, isto é, para se encontrar com a pena perpétua e a morte certa. (mais…)

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