As mudanças a que o Novembro Negro convida

Na Saúde, como em toda a cena brasileira, é preciso mais e melhores políticas afirmativas. Avanços decoloniais das últimas décadas são importantes, mas apenas arranham a grossa camada de racismo. Luta das enfermeiras aponta um caminho

Por Solange Caetano, em Outra Saúde

De acordo com o Censo, em 2022, 55.371 pessoas ingressaram em universidades, faculdades e institutos federais pelo critério étnico-racial. Esse recorte de cotistas só é menor que o de 99.866 que estudavam em escola pública. Ao todo, 45.226 tinham renda per capita inferior a um salário mínimo e meio. (mais…)

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Saúde da população negra: é hora de avanços

A política que busca enfrentar a desigualdade racial no SUS completa 15 anos, mas ainda há muito o que fazer. Seis capitais brasileiras ainda não implementaram nenhuma medida; bem como 52% dos municípios. Governo é sensível à pauta: oportunidade para expandi-la

Por Diana Anunciação e Ionara Magalhães de Souza*, para a coluna Saúde É Coletiva

Dezoito anos após a aprovação da Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) em 10 de novembro de 2006 e de seu lançamento no 2º Seminário Nacional de Saúde da População Negra, e, ainda, 15 anos após a sua promulgação por meio da Portaria GM/MS n. 992, de 13 de maio de 2009 – contendo o plano operativo que define protocolos e metas para a sua implementação –, o Brasil ainda precisa avançar muito para garantir a equidade em saúde. (mais…)

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CPI da Covid: 3 anos sem respostas

Os conselhos nacionais de Direitos Humanos e de Saúde apresentam à PGR mais uma representação para que haja punição aos responsáveis por mais de 700 mil mortes na pandemia. Alertam: não se pode esperar a prescrição desses crimes

por Marina Dermmam e Fernando Pigatto, em Outra Saúde

Durante a pandemia de covid-19, dezenas de petições criminais foram apresentadas por parlamentares, partidos políticos e entidades sociais, apontando a necessidade de investigar, processar e punir crimes contra a saúde pública, entre eles a suposta disseminação intencional da doença por autoridades federais. No mesmo sentido, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal sobre a covid-19, após meses de trabalho com notável repercussão nacional, recomendou o indiciamento de mais de 60 pessoas físicas e jurídicas, entre elas o então presidente da República Jair Bolsonaro e ministros de Estado. (mais…)

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Licença voluntária: útil aos povos ou à indústria?

Mecanismo é promovido como alternativa menos drástica à “quebra de patente” – mas seus benefícios são menores do que parecem. Caso brasileiro é exemplar: mesmo com acordo de licença voluntária, país paga 20 vezes o preço internacional de remédio para HIV

Por Susana van der Ploeg e Carolinne Scopel*, para a coluna Saúde não é mercadoria, em Outra Saúde

O que é uma licença voluntária? O que é uma licença compulsória? Para responder a ambas as perguntas, primeiro é preciso entender o que são patentes. Afinal, esses mecanismos só existem porque há um sistema de propriedade intelectual. As patentes são títulos de propriedade que concedem direitos exclusivos a seus detentores, impedindo terceiros de fabricar, usar, vender ou importar o produto patenteado. (mais…)

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O fantasma da Saúde na era da IA

Estudo mostra: publicidade sobre remédios e tratamentos sem comprovação científica se propagam em forma de deepfakes, com rostos de Drauzio Varella e Celso Russomanno. Elas somem sem rastro e criam preocupante desafio para médicos e sanitaristas

Por Rose Talamone, no Jornal da USP

Nos últimos anos, a proliferação de desinformação na área da saúde atingiu proporções alarmantes, especialmente nas plataformas digitais. João Henrique Rafael Junior, analista de Comunicação do Instituto de Estudos Avançados Polo Ribeirão Preto (IEA-RP) da USP, monitora essa situação desde 2019, quando começaram os trabalhos da União Pró-Vacina (UPVacina), observando como o ecossistema digital, em particular o Facebook, se tornou um terreno fértil para propagandas de remédios milagrosos. “Houve uma transição dessas propagandas do conteúdo orgânico para um modelo patrocinado, no qual muitos lucram com anúncios que colocam em risco a vida das pessoas”, destaca Rafael Junior. (mais…)

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O pior ano da dengue em SP e o desmonte do Estado

Arbovirose explodiu, em 2024. No maior estado do país, não há investimento no combate a endemias. Institutos e órgãos de pesquisa que ajudariam a conter a crise foram extintos. Tudo em prol da iniciativa privada. No ano que vem, será pior

por Gabriela Leite, em Outra Saúde

A explosão de dengue no estado de São Paulo em 2024, que até o dia 9 de outubro deixou um rastro de mais de 2 milhões de contaminados, é a maior epidemia da doença no estado, desde que há monitoramento oficial iniciado no ano 2000. A última epidemia aconteceu em 2015, quando foram registrados mais de 700 mil casos. Ou seja, este ano foi quase 2 vezes mais grave que a pior crise histórica. (mais…)

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COP-16: a ameaça da biopirataria digital

Na cúpula global em Cali, se debate uma proposta arriscada. Criação de banco de dados de material genético tenta atrair com discurso sobre vacinas e remédios, mas abre (ainda mais) margem para a pilhagem de recursos do Sul Global pelas grandes farmacêuticas

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

Nesta segunda-feira (21/10), teve início na cidade colombiana de Cali a COP-16, ou 16ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB). Proposto e assinado pelos países do mundo – com a única exceção dos Estados Unidos – há 22 anos na histórica conferência Rio-92, no Brasil, este tratado sobre a proteção da biodiversidade é um dos principais acordos globais da área ambiental e do desenvolvimento sustentável. (mais…)

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