Saúde privada busca volta à desregulação

ANS, que deveria controlar as operadoras, age em seu favor ao propor teste com planos “minimalistas”: sem atendimento de urgência e terapias. Abre caminho para precarizar acesso, fragmentar e diminuir a qualidade do atendimento, como nos tempos pré-legislação

por Alzira Jorge, Fausto Pereira dos Santos e Rômulo Paes, em Outra Saúde

No dia 25/2/2025, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) realizou audiência pública para discutir proposta de implementação de um tipo de plano de saúde específico denominado de “Plano para consultas médicas estritamente eletivas e exames”. Essa modalidade permite a flexibilização do processo regulatório para planos restritos, permitindo a oferta de seguros exclusivamente ambulatoriais, que não contariam com atendimento a urgências, nem procedimentos terapêuticos. A proposta propõe a alteração da Lei 9656/1998, possibilitando a comercialização de planos de saúde sem a garantia da integralidade da atenção. (mais…)

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MPF aponta que União descumpre sentença que garante tratamentos alternativos a transfusões de sangue no RJ

De acordo com a manifestação, não há comprovação da elaboração de protocolos específicos pelos hospitais federais e institutos do Rio de Janeiro

O Ministério Público Federal (MPF) reiterou o pedido para que a União cumpra a sentença que determinou a garantia de tratamentos de saúde alternativos a transfusões de sangue em hospitais federais e institutos do Rio de Janeiro. A decisão, com tutela de urgência, tem como objetivo garantir tratamento seguro para pacientes que recusam a transfusão por motivos religiosos, como é o caso das Testemunhas de Jeová. O MPF alega que a União não comprovou o cumprimento satisfatório do que foi determinado na sentença e reitera à Justiça que seja cobrada multa diária de R$ 10 mil até que sejam cumpridas as medidas. (mais…)

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Sônia Fleury: “A união está impedindo a reconstrução”

Em debate da Frente pela Vida, sanitarista alerta: política econômica e de alianças do governo impedem o SUS e as políticas sociais de serem retomadas no ritmo que o povo precisa. “Macroeconomia da desesperança” pode ter consequências graves

por Guilherme Arruda, em Outra Saúde

“O próprio lema do governo, União e Reconstrução, não leva à discussão sobre o quanto a união impede a reconstrução. E mais ainda: não se aponta, com a ideia de reconstrução, para um projeto de futuro, mas para um passado que já levou à frustração do eleitorado”. (mais…)

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Os passos à frente em equidade racial na saúde

Assessoria criada por Nísia Trindade no ministério tem conseguido avanços na saúde integral para a população negra. Seu trabalho integra secretarias e assegura a luta contra o racismo no SUS. Mas ainda há muito a se conquistar – em momento político de retrocessos

por Gabriela Leite, em Outra Saúde

Uma maior participação de movimentos sociais nas políticas voltadas à equidade racial dentro do Ministério da Saúde (MS) era uma reivindicação antiga, que encontrou força no momento de transição do governo Lula 3. Após a devastação de Bolsonaro na pasta havia muito a se reconstruir, em especial em relação à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN). Empossada, a ministra Nísia Trindade percebeu a relevância do tema e instituiu, em seu próprio gabinete, a Assessoria para Equidade Racial em Saúde. (mais…)

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Coach de masculinidades seduzia para aplicar calotes financeiros

Ao menos dez pessoas acusam Manoel Pinto de estelionato financeiro e amoroso

Por Amanda Audi | Edição: Mariama Correia, Agência Pública

As coisas mudaram bastante desde 2010. Algumas das principais mudanças aconteceram depois que o feminismo se tornou um assunto corriqueiro nos mais variados lugares – começando pela internet, onde campanhas massivas como o #MeToo ganharam força e chegaram até o bate-papo na fila do pão. Foi nesse contexto, de avanço dos direitos das mulheres, que os homens passaram a se sentir mais perdidos do que nunca. Afinal, qual é o papel deles na nova sociedade que se desenha? (mais…)

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Podem as Novas Tecnologias em Saúde unir Brasil e China?

Hoje, a cooperação tecnológica entre os dois países ainda é tímida nessa área. Mas trata-se de uma parceria de imenso potencial – e que pode impulsionar a reforma dos sistemas de saúde de dois importantes membros dos BRICS

por Luiz Vianna Sobrinho, Outra Saúde

A relação entre o Brasil e a China começa a dar sinais de que, enfim, entraremos em uma promissora fase de entendimento para troca de conhecimentos e transferência de tecnologia na área da saúde. Sabemos que as últimas duas décadas selaram o reposicionamento da China como nosso principal investidor e parceiro comercial, independentemente da participação no bloco dos BRICS, destacando sua ascensão de forma evidente como nova potência tecnológica e econômica mundial. (mais…)

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A Padilha, a tarefa de reforçar a atenção secundária

Novo ministro da Saúde assume com o compromisso de priorizar o programa Mais Acesso a Especialistas. Túlio Franco sugere: há espaço para fortalecer também o atendimento intermediário, aproveitando os cerca de 5 mil hospitais que hoje estão subutilizados

por Gabriel Brito, Outra Saúde

Médico, sanitarista e ex-ministro da saúde do governo Dilma, Alexandre Padilha assumiu sua nova função no governo Lula: a chefia do Ministério da Saúde, um dos maiores símbolos da ideia de “reconstrução” propalada pelo governo eleito. Um dos protagonistas pela coordenação de programas que ampliaram o alcance do SUS nos primeiros governos do PT, restaurados na gestão de Nísia Trindade, Padilha terá diante de si o desafio de dar continuidade ao que foi organizado em 2023 e 24, ao mesmo tempo em que precisará buscar marcas próprias. (mais…)

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