Ao contrário do que prega a ex-ministra de Bolsonaro, as crianças do arquipélago amazônico têm dentes, mas muitas têm pouco ou nada para mastigar com eles
em Sumaúma
Até 8 de outubro, a maioria dos brasileiros só conhecia o arquipélago amazônico de Marajó pela famosa cerâmica da região. Naquela data, em um culto evangélico na cidade de Goiânia, a população marajoara foi lançada na máquina de fake news do bolsonarismo e ganhou as manchetes da imprensa brasileira e internacional. Em um culto de intenção eleitoral, na Assembleia de Deus Ministério Fama, Damares Alves afirmou, com eloquência de púlpito, que as crianças do arquipélago têm, entre outras torturas, os dentes arrancados para facilitar o sexo oral, vítimas da exploração sexual e do tráfico internacional de pessoas. Ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos do governo de Jair Bolsonaro, a senadora recém-eleita nem ofereceu provas do que acusava, nem explicou por que nunca denunciou nem enfrentou esse crime nos mais de 3 anos que foi ministra do governo Bolsonaro. Ao contrário. Damares afirmou que o atual presidente está fazendo “o maior programa de desenvolvimento regional na Ilha do Marajó”. (mais…)
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