Nos ombros de mulheres e negros, o peso da precarização

O mercado de trabalho continua sexista e racista, mostram dados detalhados do IBGE sobre informalidade e desemprego. Disparidade salarial é chocante: negros recebem 40% menos do que brancos, e mulheres, 27% do que homens. Como aliar políticas afirmativas e de geração de emprego?

por Erik Chiconelli Gomes, em Outras Palavras

O mercado de trabalho brasileiro apresenta disparidades estruturais que se manifestam de forma persistente ao longo do tempo, refletindo desigualdades históricas baseadas em raça e gênero. Segundo os dados mais recentes divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, pessoas pretas e pardas continuam enfrentando taxas de desemprego superiores à média nacional, além de maior informalidade e menores rendimentos quando comparadas às pessoas brancas (IBGE, 2025). Da mesma forma, as mulheres ainda experimentam desvantagens significativas em relação aos homens, tanto em termos de acesso ao emprego quanto de remuneração. Este estudo busca analisar essas desigualdades como características estruturais do mercado de trabalho brasileiro, explorando suas manifestações contemporâneas e impactos sociais. (mais…)

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O MEL das mulheres para outro Brasil

Festival Mulheres em Lutas reúne, em SP, ativistas, pesquisadoras e parlamentares para debater democracia e feminismo – e a violência contra aquelas que ocupam espaços públicos. Organizado por Manuela D’Ávila, visa unificar agendas para o Comum e a mudança do país

por Inês Castilho, em Outras Palavras

Contra a violência política de gênero e raça. O ódio às mulheres no exercício parlamentar. Para fazer florescer uma nova forma de exercer a política e fortalecer a nossa caminhada. (mais…)

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“Uma das maiores contribuições das mulheres para a filosofia política é demonstrar que questões de gênero são problemas filosóficos”. Entrevista especial com Maria Cristina Müller e Adriana Delbó

O cânone filosófico e os currículos universitários devem ser revisados para que as filósofas deixem de constar somente como cota a ser preenchida nos departamentos. Patriarcalismo, preconceito e misoginia ainda são empecilhos, argumentam pesquisadoras

Por: Márcia Junges | IHU

“Com certeza, uma mulher filósofa, por si mesma, ao apresentar suas ideias, desafia e expande as bases da própria filosofia e, por extensão, da filosofia política. Permitindo-me a ironia: ela pensa e, mais, ela diz o que pensa! Que assombro, existem mulheres pensadoras!” A provocação da Profa. Dra. Maria Cristina Müller é reverberada por outra filósofa brasileira, a Profa. Dra. Adriana Delbó: “Que as mulheres não usufruam dos princípios democráticos tanto explicados pela filosofia política, que elas não tenham a mesma liberdade que os homens, que elas não sejam nem sequer devidamente respeitadas e valorizadas são problemas que requerem muito mais do que reivindicações por representatividade.” As declarações fazem parte da entrevista que Maria Cristina e Adriana concederam, por e-mail, ao Instituto Humanitas Unisinos – IHU, aprofundando aspectos debatidos pela dupla no IHU Ideias de 6 de março, intitulado Compreendendo o nosso tempo. A contribuição das mulheres para a filosofia política. (mais…)

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Seminário debate avanços e desafios na garantia dos direitos das mulheres no Brasil

Especialistas e autoridades ressaltam necessidade de ações concretas para combater a violência e garantir a efetiva aplicação das leis

Procuradoria-Geral da República

“Apesar das leis que garantem a igualdade de direitos entre homens e mulheres, as violações contra esse princípio continuam a ser recorrentes e precisam ser combatidas”. Com essa declaração , a procuradora federal dos Direitos do Cidadão adjunta, Ana Padilha, abriu o seminário “Vozes de Mulheres”. Realizado nesta terça-feira (18), na sede da Procuradoria-Geral da República em Brasília (DF), o evento reuniu autoridades e especialistas para discutir ações concretas de promoção dos direitos das mulheres. (mais…)

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Mulheres sobrecarregadas no cuidado e na crise climática

A crise climática tem gênero, classe e cor. Portanto, a solução para ela também precisa ter um recorte social

Cássia Caneco e Kelly Agopyan, Le Monde Diplomatique

As mulheres brasileiras dedicam o dobro do tempo dos homens aos cuidados com a família e aos afazeres domésticos não remunerados, segundo a pesquisa “Uso do Tempo no Brasil” (SNCF, 2023). Essa carga invisibilizada é exacerbada pelo aumento das temperaturas, tornando-se um fator de risco para a saúde e o bem-estar dessas mulheres. (mais…)

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A Força das Mulheres no Campo: A Luta pela Regularização Fundiária e pelos Direitos das Comunidades da Amazônia Legal

Nossa luta pela terra, pelos direitos e pela dignidade é uma luta pela preservação do nosso futuro e da nossa identidade

Eliane Gentil, Le Monde Diplomatique

A luta das mulheres da Amazônia Legal é uma história de resistência, coragem e liderança diante dos inúmeros desafios que enfrentamos. Vivemos em territórios onde a insegurança fundiária é uma ameaça à nossa terra, à nossa cultura e à nossa dignidade. É nesse cenário de conflitos e disputas por terra que as mulheres, muitas vezes à frente de nossas comunidades, se tornam as maiores defensoras dos nossos territórios e dos nossos direitos. (mais…)

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A cada 17 horas, ao menos uma mulher foi vítima de feminicídio em 2024

Nove estados registraram 531 mortes por razão de gênero

Ana Cristina Campos – Repórter da Agência Brasil

A cada 17 horas, uma mulher morreu em razão do gênero em 2024 em nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança: Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. Os dados apontaram um total de 531 vítimas de feminicídios no ano passado. (mais…)

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