Burocracia ou preconceito estrutural? Pessoas trans e não binárias relatam danos à saúde mental por luta contra o Estado

Por Guilherme Cavalcanti | Edição: Ed Wanderley, Agência Pública
“A única coisa que eu fiz na frente da operadora foi chorar. Eu caí em choro profundo. Um choro convulsionante, na frente da atendente da Receita Federal, porque ela disse que não podia mudar [meu gênero no registro]”, relata Iasmin Rodrigues. No dia em que tentou alinhar os dados do CPF com os do registro civil, Iasmin já possuía os documentos devidamente assinados e ratificados pelo cartório, comprovando o novo nome e gênero não-binário. Ainda assim, teve o pedido negado. O transtorno vai além de protocolos e burocracias e, acumulado em diversas frentes, se torna obstáculo à saúde mental de pessoas que já enfrentaram períodos de conflito, por vezes até com o próprio corpo. (mais…)
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