Ação em favelas e mudança de posturas, morte também reacendeu debate sobre a atuação de Bergoglio na ditadura argentina
Por Mariana Camaroti | Edição: Thiago Domenici, Agência Pública
Buenos Aires — A morte do Papa Francisco encerra um papado marcado por declarações firmes sobre a geopolítica mundial, acolhimento de minorias nem sempre bem-vindas pela Igreja, inclusão da mudança climática na agenda do Vaticano, denúncia da “globalização da indiferença” frente à crise migratória, simplicidade, aproximação com os jovens e frequentes condenações à guerra. Também traz à tona questões centrais: a participação política e social de Jorge Mario Bergoglio na Argentina, incluindo acusações de cumplicidade com a última ditadura militar, e contradições entre posturas anteriores e sua atuação como Papa, em temas como casamento igualitário, comunhão de divorciados e descentralização do poder eclesiástico. (mais…)