Alinhamento na área da defesa com Washington iniciou-se com Temer – e foi aprofundado por Bolsonaro. Inclui exercícios militares na Amazônia, “intercâmbio” na PF e formação de cadetes em escola golpista. Dependência é estratégica…
Por Ana Penido e Lívia Peres Milani, na Piauí
O alinhamento militar do Brasil com os Estados Unidos na área de Defesa – em nítida expansão desde o governo Temer – foi elevado a outro patamar no governo Bolsonaro. Um novo desdobramento desse processo ocorreu em outubro, quando foi autorizado o ingresso de militares dos Estados Unidos da América para exercícios conjuntos com o Exército e com a Polícia Federal. Esses episódios representam a intensificação, na área militar, do alinhamento automático Brasil-Estados Unidos, apesar do cada vez maior distanciamento entre Bolsonaro e Joe Biden nas áreas de comércio exterior e meio ambiente. Tal alinhamento implica a construção de uma política de defesa brasileira subserviente aos interesses nacionais dos Estados Unidos da América. A narrativa de afastamento em relação ao Brasil, promovida pelo governo Biden, não é confirmada pela realidade. Quatro pontos ajudam a entender o que está por trás do discurso:
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