Gênero e agroecologia são temas de formação continuada da Rede Mulher Sertão do São Francisco

Formação da Rede Mulher discute sobre patriarcado e suas formas de dominação com cerca de 35 agricultoras, apicultoras, pescadoras dos municípios de Juazeiro, Sento Sé, Pilão Arcado, Remanso, Campo alegre de Lourdes, Casa Nova, Curaçá, na Bahia. 

por Comunicação Irpaa / CPT

Com a proposta de ser uma formação modular, o primeiro encontro aconteceu nos dias 06 e 07 de novembro, no Centro de Formação Dom José Rodrigues, em Juazeiro (BA). A violência contra a mulher e a divisão injusta do trabalho foram as principais evidências reconhecidas pelas mulheres como a maior expressão do patriarcado.

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“Sem discutir gênero, não vamos conseguir prevenir a violência sexual”, diz pedagoga

Confira a entrevista com Caroline Arcari, autora da obra “Pipo e Fifi”, que participou do XIII Encontro das Crianças Sem Terrinha do Paraná

Por Fernanda Almeida, Ednubia Ghisi e Nyky Rodrigues, na Página do MST

Entre os 66 mil casos de violência sexual registrados em 2018, 54% das vítimas tinham até 13 anos, de acordo com o 13º Anuário de Segurança Pública, produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Quase 90% dos casos deste tipo de violência contra crianças e adolescentes são registrados no ambiente familiar. Como forma de avançar na prevenção do problema, o tema fez parte da programação do XIII Encontro Estadual das Crianças Sem Terrinha do Paraná, realizado entre dos dias 16 e 18 de outubro. 

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O impacto dos gestos concretos de acolhimento de Francisco para a comunidade LGBT+. Entrevista especial com Cris Serra

Por: Ricardo Machado, em IHU On-Line

 A “imagem gay-friendly” do papa Francisco, construída em contraste com seus dois últimos antecessores, não contempla as declarações do pontífice condenando a teoria de gênero. Apesar desta posição aparentemente antagônica, a mudança de enfoque pastoral de seu pontificado “é inegável”, pontua Cris Serra, pesquisadora do Centro Latino-Americano em Sexualidade e Direitos Humanos – CLAM, coordenadora nacional da Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT e ativista de Católicas pelo Direito de Decidir. “Francisco não se limita a defender uma ‘Igreja em saída’, uma Igreja que vá em direção às periferias, uma Igreja de ‘pastores com cheiro de ovelha’. Ele demonstra o que diz com seus atos ao receber em audiência o homem trans espanhol e sua companheira; ao lavar os pés da travesti numa Quinta-feira Santa; ao dizer para o gay chileno vítima de abuso por sacerdotes que Deus o fez assim e o ama como ele é; ao receber o grupo de católicos LGBT ingleses; entre tantas outras iniciativas”, afirma.

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Os gêneros – e as raças – da violência no Brasil: Mapa da Violência

Mapa da Violência de Gênero

Somente em 2017, o Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação) recebeu 26.835 registros de estupros em todo o país, o que equivale a 73 estupros registrados a cada dia daquele ano. Destes, 89% tiveram mulheres como vítimas, com o maior percentual no Acre (99%) e o menor em São Paulo e Rio Grande do Sul (86%).

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#VozesdasMulheres| O que entendo por Gênero?

Confira artigo de Beth Siqueira sobre o conceito de gênero e sua aplicação no dia a dia das comunidades camponesas. A autora destaca que “temos observado, nos espaços trabalhados nos projetos de desenvolvimento rural, que as relações de poder estão diretamente ligadas às relações de gênero e que a diferença de inserção das mulheres nos espaços produtivos e organizativos, espaços de poder, tem uma forte implicação de gênero. Requer-se uma transformação no acesso pela mulher tanto aos bens econômicos quanto ao poder, transformação essa que depende de um processo de empoderamento da mulher”. 

por Beth Siqueira*, em CPT

É uma categoria de análise importante para entender as relações sociais, de modo geral e, em especial, as relações de poder entre os homens e mulheres, entre homens e homens e entre mulheres e mulheres. Assim como gênero, reconheço “classe social”, “raça/etnia” e “idade/geração” como categorias relacionais de análises que contribuem para a compreensão das questões atinentes a esta temática e a sua interseccionalidade[1] com gênero e outras categorias. Geração e idade são dimensões fundantes da vida social, além de gênero, classe, e raça/etnia, o que implica em reconhecer a necessidade de pensar estas dimensões de forma articulada e relacional nas trajetórias e experiências dos sujeitos, individual e coletivamente.

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O que está por trás do desmonte bolsonarista da educação?

Dos cortes à censura a temas como gênero, sexualidade e política, as mudanças recentes na educação cumprem uma função econômica essencial. A quem ela favorece?

Por Marília Moschkovich, no blog da Boitempo

O desmonte quase completo da pós-graduação e da educação pública que estamos observando tem dois objetivos e este texto é uma análise que pretende apresentá-los ao leitor ou leitora. Venho colocando publicamente pedaços deste argumento desde 2015 (sim, antes do golpe, quando rolaram os primeiros congelamentos de bolsa e programas de pesquisa ainda na gestão da Dilma), com um pouco mais de dramaticidade a partir de 2016 (quando rolou o golpe e os discursos ficaram mais evidentes) e mais evidência a partir de 2017 e 2018 (quando ficou óbvio que não se trata de um projeto de um partido específico da direita, mas algo muito, muito maior – e as denúncias apresentadas recentemente pelo site The Intercept Brasil só corroboram essa análise).

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Sentimentos fraternos estão na UTI psiquiátrica. Entrevista especial com Denise Regina Quaresma da Silva

Por: João Vitor Santos, em IHU On-Line

O mito da mãe perfeita tem origem no romance pedagógico Emílio ou Da Educação, escrito pelo filósofo suíço Jean-Jacques Rousseau. Essa obra, publicada em 1762, serviu, segundo a psicóloga Denise Regina Quaresma da Silva, “de ponto de partida para as teorias de todos os grandes educadores dos séculos XIX e XX, pois sua difusão e aceitação provocaram uma transformação fundamental no modelo familiar, colocando o amor materno no cerne dessa instituição”. Entre as ideias defendidas por Rousseau, destaca-se a de que “somente as mães deveriam amamentar e criar seus filhos, criticando as amas de leite, que eram aceitas na época”. Na obra, explica, o filósofo “recriminava as mães que tinham outros interesses para além da maternidade. Para Rousseau, a maternidade era natural, obrigatória e instintiva, o que passou a reforçar a crença da maternidade como um atributo natural e tradicional das mulheres”.

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